Talvez seja por isso que me apaixonei
Deve ser da maneira de lavar os pratos
Com o cabelo amarrado
Já imaginoAs curvas dela na capulana
Curvas essas que derrapo com destrezaOu talvez pela forma de ralar coco
Rala lentamente
Abanando os seus frutos
Que tem o formato do melãoMas foi mesmo ao preparar a refeição
O cabelo amarrado, o fumo da lenha
E sem pestanejar ou mostrar indiferença
Mexia as suas ancas enquanto massava o panelão de xima de randamoHooo deve ser por isso que me apaixonei
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Sonetos de amor
PoesíaCada verso preenche o espaço vazio na alma, penetra mais fundo que o momento libido na escada, faz viajar e criar entre a lua e a terra uma estrada. Que a cada curva, acelera mais forte e da uma derrapada.