CAPITULO 2

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Segunda-feira chegou rapidamente, e por mais que estivesse animada com a provável visita do "Menino Tetsurou", você teve de passar a tarde inteira trancafiada no quarto fingindo ler a mesma pagina toda vez que sua avó vinha verificar se você estav...

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Segunda-feira chegou rapidamente, e por mais que estivesse animada com a provável visita do "Menino Tetsurou", você teve de passar a tarde inteira trancafiada no quarto fingindo ler a mesma pagina toda vez que sua avó vinha verificar se você estava mesmo estudando. 

Havia prometido para a mais velha que daria o seu melhor nos estudos, mas a verdade era que seu melhor passava bem longe do que você estava fazendo. Não tinha vontade alguma de aprender aquela matéria, tampouco responder as questões. Embora soubesse que seus pais cobrariam uma lista de exercícios com todas as respostas corretas até o final das férias. 

Ouvia musica pelos fones de ouvido cantarolando baixo enquanto desenhava pequenos bonequinhos em uma página do caderno, o notebook ligado em sua frente jazia esquecido, funcionando apenas para tocar sua playlist favorita já que sua avó havia confiscado seu celular até que terminasse de estudar.

Enquanto isso, na sala, sua avó recebia o rapaz animado em poder rever a senhora de quem tanto gostava. Kenma vivia questionando o fato dele gostar tanto de uma idosa, mas no fundo sabia que o amigo se identificava com pessoas mais velhas. Kuroo tinha uma alma velha e realmente parece um idoso falando as vezes, embora sua aparência e corpo sejam joviais, sua mente trabalha como a de alguém cheio de experiência que passou por varias coisas, com a diferença de que sua experiência eram apenas suposições e teorias criadas pelo incrível cérebro de Tetsurou.

— Como foi o acampamento?

— Divertido, ganhamos bastante jogos, mas a Fukurodani continua sendo um oponente complicado para nós, principalmente por causa do novo levantador que consegue lidar com as mudanças de humor do capitão.

Kuroo disparou em falar e a velhinha sorria prestando atenção em cada detalhe contado pelo mais novo, quando ele finalmente terminou de contar sobre os ultimos dias, devolveu a pergunta querendo saber dos dias anteriores da mais velha, que lhe respondeu que fizera "o de sempre".

— E sua neta, já chegou? - Perguntou animado. 

— Sim, está estudando no quarto, passou a tarde toda assim, mas eu acho que ela está me enganando, eu percebi que ela não mudou a pagina do livro. - A mais velha riu negando com a cabeça. — Se lembra que eu comentei que ela tinha tirado nota baixa em matemática e vermelha em química? - Kuroo assentiu. — Os pais dela mandaram um cronograma de estudos para ela cumprir e eu tenho certeza que o pai é capaz de vir até aqui brigar comigo se eu não incentivá-la a fazer. - Brincou rindo do traço de personalidade impulsivo e controlador de seu filho único.

— Eu posso ajuda-la, não quero me gabar, mas tenho as melhores notas da minha turma, se não da escola inteira. - Kuroo garantiu tomando uma pose convencida e a avó voltou a rir maravilhada com a inteligência do menino. — Em que ano ela está?

— Não tenho certeza, mas é algo parecido com o seu. 

Kuroo se surpreendeu ao ouvir aquelas palavras, de todas as vezes que ouvira sua avó contar histórias sobre você, ele imaginava uma garotinha de, no máximo, oito anos, a mais velha nunca revelou sua idade ou datas dos acontecimentos os quais relatava, então ele supôs que você estivesse agora com dez anos, talvez doze em alguns dos cenários que imaginou, e também pelas fotos nos porta-retratos. 

𝕍𝕚𝕣𝕘𝕚𝕟 || Kuroo TetsuroOnde histórias criam vida. Descubra agora