Irmãos dos olhos gélidos

761 113 506
                                    

Não vou me delongar muito hoje, boa leitura <3


***

LEVI.

Abri os olhos e já eram 19:00, o sol já tinha ido dormir e minhas forças já estavam de volta, me levantei da cama e abri a janela do meu quarto, o vento atingiu meus cabelos e o cheiro de grama molhada tomou conta das minhas narinas.

Eu amava o cheiro de natureza e a lua no céu, mesmo sendo a mesma lua que trazia os lobos a tona, uma raça que particularmente eu não gostava.

Decidi que sairia para dar uma volta e aproveitar o clima fresco que estava lá fora, caminhei até o banheiro e tomei um banho quente e demorado, meu corpo era gelado então a única coisa que me deixava mais quente eram banhos fervendo.

Arrumei o meu cabelo e coloquei uma blusa preta, calças de moletom cinzas e um tênis, peguei minha carteira e sai do meu quarto, descendo as escadas vi Rivaiile jogando algo no televisão da sala.

— Vai sair irmão? — ele apertou o pause do jogo e me olhou.

— Hm, vou aproveitar a noite, caminhar e ver a lua — Eu disse e ele sorriu.

—Pode entregar isso para Hange, por favor? — ele se levantou e entregou um envelope que eu olhei desconfiado e peguei.

— Não pretendia ir no centro, mas ok, eu faço o esforço, mas porque você mesmo não vai? — Eu perguntei arqueando a sobrancelha.

— Hoje é meu dia de folga, não quero ir ao cemitério, você sabe, policia procurando as pessoas que sumiram — ele revirou os olhos e eu bufei.

— Você precisa crescer Rivaille, você e seus amigos matam muita gente, uma hora nem o conselho vai conseguir ignorar isso — eu o fitei.

— Nós somos os príncipes Levi, ninguém ousa nos enfrentar, só não somos reis ainda, porque um de nós precisa se casar com Eren — ele sorriu.

— Eu passo, pode casar com quem quiser, eu já acho um saco ser príncipe, imagine rei, pode ficar para você, eu só quero continuar sendo um professor de literatura — eu falei e ele deu de ombros voltando a jogar.

Eu suspirei, mesmo não precisando e caminhei para o lado de fora de casa, o vento batia em meu rosto e eu sorri, eu amava a noite e amava ser livre, coisa que eu não era naquela cidade.

Nossa casa ficava perto do campus da faculdade porque era mais fácil para que eu fosse e voltasse sem que o sol interferisse tanto nas minhas energias, como eu não me alimentava de sangue humano, eu era mais "fraco" que meu irmão Rivaille, mas isso não me importava, porque eu sempre comia apenas o básico para que eu conseguisse sobreviver e fazer minhas tarefas devidamente.

Continuei andando e observando a lua, quando eu saísse do campus e não tivesse a possibilidade de ninguém me ver, então eu correria para o bar de Hange e entregaria o envelope misterioso.

Entrei no campus e pude ver de longe o refeitório lotado de pirralhos.

— Tsc — eu soltei quando vi que uma dupla em especial estava discutindo alto.

Eu não estava em meu horário de trabalho, deveria apenas passar rápido e deixar que eles se matem, mas meu senso de dever para essa merda de instituição era maior que isso.

Eu caminhei calmamente até o refeitório que mergulhou em silêncio quando eu adentrei, eu disse para Erwin que essa merda precisava de um inspetor a noite, como deixar garotos na puberdades livres e achar que eles poderiam ser civilizados?

— Eu já disse que não fui eu quem deixou a roupa jogada no chão, cara de cavalo — O garoto de olhos verdes gritava, qual era o seu nome? Acho que era Eren...

Príncipes AckermanOnde histórias criam vida. Descubra agora