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Souza 💀

Depois da ligação cair, eu comecei a pensar mil coisas.

Bh: Era ela né? - apareceu do meu lado e eu apenas assenti.- vamos tá todo mundo pronto.- começou a andar em direção a porta da salinha.

Souza: O Flávio..- ele parou de andar e respirei fundo - ele que pegou ela.

Bh: Ele tá envolvido com quem? - ele continou de costas pra mim.

Souza: Ele é o dono do Jacarezinho, se não fosse por..- parei de falar no meio da frase e ele se virou pra mim.

Bh: Por oq? Eu ter tirado o nosso irmão da cadeia porque você colocou ele lá, por pura ambição? - eu fiquei calado - vai se fuder Vitor, você fode com tudo e com todos que tentam de ajudar.- ele saiu bolado.

Boa parte daquilo era verdade mas não foi por ambição, eu só tinha a impressão de que se o morro ficasse pro Flávio, ele não daria conta.

Logo entrei pra salinha novamente e esperei a madrugada. O plano era chegar lá de madrugada, quando eles estão em minoria, principalmente quando tem baile oque eu soube que tem hoje.

(⏰⏰⏰)

Era quase 2:30 da manhã, nós fizemos uma oração, pegamos os carros e as motos e partimos.

Eu não sei se devia estar colocando o Bruno e o Luan nesse b.o mas eles não iriam tirar a idéia de "salvar" a Gabi e a Mari.

Assim que chegamos, revisamo o plano e nós dividimos, como eu ia pegar a Gabi e a Mari, eu estava sozinho. Comecei a beirar aquele barraco, encostei em uma janela protegida por uns ferro que de modo nenhum daria pra abrir e logo ouvi as vozes das meninas.

- Você gosta dele? - Ouvi e na hora soube que era a voz da Mari.

- Eu amo ele - Reconheci a voz da Gabi e sorri - mas tem coisas que não dá pra perdoar - Logo após isso começou os tiros e as duas gritaram.

Corri pra dentro da casa, cheguei na porta desse quarto, logo tive a visão do Flávio que tava com um Fuzil na mão e uma pistola na cintura.

Gomes: Você que avisou pra eles né caralho - vi que ele apertava o braço dela, ela tentava se soltar e parecia que ele apertava mais.

Souza: Solta ela porra! - Assim que ouviu minha voz, ele soltou a Gabi, se virou pra mim e sorriu.

Gomes: Irmãozinho! - falou em um tom animado - achei que você ia se atrasadar pra festa! - a Mari tentou correr em minha direção mas ele pegou ela antes.

Mari: Me solta, eu quero meu pai! - Falou com voz de choro.

Gomes: Marizinha se comporta, você não quer vê o tio bravo né? - Falou colocando ela no colo da Gabi e ela negou com um olhar de medo.

Ele pegou o Fuzil e apontou pra mim.

Gomes: Você é o primeiro, o próximo é o Silva - Falou olhando pra cama e eu vi um menor, olhando tudo aquilo assutado.

Eu não teria como atirar pois a Mari, a Gabi e o menor, estavam atrás do Flávio.

Gomes: Família ou Morro? - Falou olhando pras meninas e depois pra mim.

Era uma decisão difícil, os dois eu lutei muito pra ter.

O Flávio riu já sabendo oque eu iria escolher.

Gomes: Esse é a diferença entre eu e você Vitor, você vai pela emoção, tão inocente coitado - Ele olhou pra mim e gargalhou - Bota a porra da arma no chão - Eu fiz oque ele mandou, a Gabi e a Mari me encaravam - Naquele dia que você me colocou na cadeia, eu prometi a mim mesmo que eu iria roubar e tomar cada coisa que você amasse, e é isso que eu fiz adeus Vitor.

Ouvi um tiro e fechei os olhos.

No LimiteOnde histórias criam vida. Descubra agora