Prefácio

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 O que aconteceria com a mente e o coração de uma menina, se ela presenciasse o massacre de sua família e não pudesse fazer nada? Me pergunto o quão impotente ela se sentiria. E o que aconteceria com a mente e o coração de um menino que teve que fugir, após os vários abusos de sua própria mãe? E se as suas profundas cicatrizes ainda marcam, não apenas sua pele, mas também a sua alma? E o que aconteceria com uma moça que se vê obrigada a lutar e até mesmo a sujar suas mãos para proteger tudo aquilo que ama? E, se depois de tudo isso ela descobrisse que todos os seus sacrifícios não foram suficientes?
  Maeve irá se conectar com outras pessoas tão devastadas e solitárias quanto ela. Ela amará novamente, e será amada. Porém, seu coração ferido buscará a vingança continuamente, e nessa busca, ela terá que treinar muito seu corpo, coração, e mente se quiser ter chance de derrotar seus inimigos. Seus desvios a levarão à pessoas que estarão dispostas a ajudá-la, e talvez, ajudar a si próprias.
  Talvez, Maeve entenda que todos que têm vida tem feridas, que ninguém está imune de sentir dor. Que a fome chega para muitos, assim, como o desespero, que a vida é uma batalha constante, e que enquanto alguns escolhem lutar por ódio, outros escolhem lutar por amor. Que perdão não é um sentimento, mas sim uma escolha, e que o maior sofrimento é a autopunição, e que a vida é um sopro.


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