"All my life, I've been searching for something
Something never comes, never leads to nothing
Nothing satisfies but I'm getting close
Closer to the prize at the end of the rope"
― Foo Fighters, All My LifeArtur falava sem para na minha frente sobre um contrato que eu deveria assinar, seria prudente que eu prestasse atenção nele, mas a única coisa que eu conseguia pensar era no quanto minha cabeça estava me matando.
Definitivamente havia sido uma péssima ideia beber tanto na noite passada, mas eu precisava desestressar. Depois de um dia infernal ainda tive que lidar com uma das mulheres que fodia ocasionalmente, mas que aparentemente não entendia o significado de "sexo casual".
Odiava quando isso acontecia.Porra, qual era a dificuldade de compreender? Não, eu não vou me apaixonar, não quero deixar minhas roupas no seu apartamento, muito menos deixar que pegue alguma peça de roupa minha, e nem que deixe as suas no meu apartamento. Definitivamente não vou limpar uma gaveta para você.
Dão quero conhecer seus pais que convenientemente estão na cidade quando nos encontramos, não quero te levar como minha acompanhante em um evento.
Já tenho dor de cabeça demais, não preciso de um bando de abutres fuxicando ainda mais minha vida pessoal.
E, definitivamente, não vou te apresentar para minha família.
— Ollie? Oliver! — Artur me chamou enquanto estalava os dedos na minha frente. — Cara! Você precisa prestar atenção nisso.
— Estou ouvindo, estou ouvindo. Só viajei um pouco.
— Ta é de ressaca, isso sim. — Ele riu e jogou a caneta que segurava em mim. — Toma vergonha nessa cara Oliver, quase quarenta anos e de ressaca em uma quarta-feira.
— Já foi se foder hoje? Me deixa em paz e continua falando aí vai. O que falta para fecharmos?
— Idiota. — Ele riu mais um pouco, mas logo assumiu uma postura séria e centrada de advogado. — Como estava falando, Derek está dificultando legalmente, encontrado empecilhos e brechas toda hora, mudando de ideia e algumas vezes dá a entender que se recusará a vender o prédio.
— Que merda. — Bufei e me recostei na cadeira. — Sabia que não deveria ter confiado em Derek, um acordo boca-a-boca nunca é confiável com ele.
— Pois é, temos algumas opções adiante, mas todas envolvem aumentar a oferta, pelo menos um pouco. — Bufei e revirei os olhos. — É uma merda, eu sei, mas Derek é ganancioso, vai crescer os olhos no dinheiro e parar de dificultar.
— Não gostaria, mas fazer o que. — Peguei minha caneta e assinei a autorização para Artur. — Só cinco por cento, mais que isso pode falar para Derek sumir da minha frente e procurar alguém que caia na conversa dele.
— Entendido. — Anotou algo na sua agenda e depois se recostou na cadeira. — Agora... Qual é dessa cara de que um caminhão passou por cima de você umas cinco vezes?
— Ontem foi uma merda, estressante demais e ainda tive que lidar com a Amber.
— Nossa, sinto muito por você, Amber é um pé no saco.
— Agora ela cismou que quer que eu me apaixone por ela, já que ela é tão incrível e única nesse mundo. — Revirei os olhos exageradamente. — Bom... isso de acordo com ela.
— O ego dessa garota não tem limites. — Ele riu, mas parou ao ouvir seu celular tocar. — Um momento, cara... Oi mãe, tudo bem?
Ele se afastou e eu tentei me concentrar nos meus e-mails mais urgentes. No terceiro eu já queria desligar o computador e ir cochilar.
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Absurda Resiliência
RomanceNão indicado para menores de 18 anos! Contém linguajar improprio, cenas de sexo explícito, violência física, violência sexual e possíveis gatilhos. O quanto é possível conhecer alguém pelo olhar? O quanto conhecemos daqueles que dormem ao nosso lad...