Capítulo 3

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- AAAAAAAAAAAAH EU CANSEI!... – Nathália passou uma hora inteira limpando e deixando aquele quarto limpo e no estilo dela. – Ainda bem que eu trouxe alguns mangás e posters... senão esse quarto podia ter ficado um pouco vazio..., mas o que eu deveria fazer agora?... o semestre só começa em julho... estamos no final de junho... queria conhecer mais algumas pessoas, mas acho que vou ter que esperar, vou dar uma volta.

**Em Londres**

Sarah estava no mesmo quarto que o garoto tinha atendido o telefone, dormindo em cima de um sofá vermelho meio velho. Estava começando a acordar, era notável o esforço dela pra sair do efeito do sonífero.

- Uhh... onde estou?... – Olhou em volta, as únicas coisas no quarto eram uma cama maltrapilha, uma tv velha, algumas garrafas de suco e bem a frente dela, uma mesinha pequena, com uma caixinha de todynho.

Ela se levantou por completo, sentada, ainda atenta com qualquer som ou presença.

- Eaí? Bom dia.

- Q-que?!

O garoto estava na frente dela, do outro lado da mesinha, em cima de uma cadeira, sentado com as pernas cruzadas tomando uma caixinha de todynho.

- O sonífero durou menos tempo que eu pensei que duraria... só meia hora... você deve ter algum tipo de resistência. – Ele pegou o todynho na mesa e esticou para Sarah. – Aceita?

Sarah simplesmente deu um tapa na mão dele e fez a caixinha de todynho voar, em seguida ela pulou do sofá em direção do garoto, colocou suas mãos no seu pescoço e o derrubou com a cadeira, estrangulando-o.

A caixinha na boca do garoto já estava do outro lado da sala, ele estava sem movimento nenhum, Sarah estava colocando toda a força que ela poderia colocar. Foi aí que o garoto abriu um sorriso.

- HAHAHA! Realeza realmente não é brincadeira! – Alargou um sorriso e começou um contra-ataque.

Foram necessários apenas dois movimentos para tirar as mãos da Sarah de seu pescoço, a menina se afastou e se levantou antes que o garoto a golpeasse. Ele se levantou também, alongou um pouco o pescoço.

- Suas unhas são grandes, quase me furou garota...

- Era o objetivo. – Sarah levantou suas mãos em posição de batalha.

- Oh, então realmente ensinaram algumas técnicas de combate... vejamos o que sabe fazer.

Ele nem levantou as mãos, estava apenas um pouco inclinado. Sarah era impressionantemente rápida, em menos de um segundo ela atacou com um soco, acontece que o garoto desviou sem nem usar o braço, o balanço do seu corpo fazia com que fosse quase impossível acertá-lo.

Depois da sequência de cinco socos da Sarah, ela se afastou um pouco ofegante.

- Minha vez. – O garoto disse isso enquanto fazia um rosto assustador.

Como um animal, um felino, ele não desperdiçou nenhum movimento, avançou diretamente em cima de Sarah, ainda com as mãos para baixo, Sarah tentou mantê-lo afastado com outro golpe, mas ele dominou completamente o golpe dela e a deixou imobilizada com uma chave de braço.

- Desculpe realeza, eu tentei te oferecer algum tipo de amizade, que pena... – Arrancou mais uma agulha de um dos seus bolsos e estava prestes a injetá-la.

Foi aí que a porta foi literalmente começou a derreter, uma onda de ar super quente saiu da porta derretida. De imediato o garoto fez uma relação de como algo tão absurdo poderia estar acontecendo, "O comprador falou desses caras... estão aqui pela garota!", ele pensou.

- Saaaraahh? – Era Sidmon, sua mão estava vermelha assim como seus olhos. – Não se assuste eu vim te resgatar. E você, terrorista, vai ser melhor se não se mexer. – Sidmon estava totalmente sozinho, usando um terno vermelho vinho muito estiloso, entrou pela porta derretida, a roupa incrivelmente não sofreu nenhum dano.

- Parado. Mais um passo e os miolos dessa garota vão estar espalhados.

Sidmon parou bem na entrada, viu a pistola apontada para Sarah.

- O que quer pela garota?

- Desculpe, mas o que o meu cliente ofereceu é bem maior que qualquer coisa q uma super corporação possa oferecer.

- Eu... – Olhos de Sidmon transmitiram uma chama fora do comum, aquilo parecia que ia consumir o garoto. – Não vou sair daqui sem ela!

Sem mais nem menos ele levantou seu indicador, uma faísca de chama voou dele, o menino foi obrigado a desviar caso não quisesse seu rosto queimado, acabou com um leve corte chamuscado na bochecha. Sidmon avançou com velocidade e agarrou Sarah, por fim, saiu do quarto derretendo a maior parte do piso em que passara.

- ARGH... DROGA! – Arrancou um rifle e uma submetralhadora do sofá vermelho, correu para a janela e saltou, havia escadas do lado de fora que poderiam o levar para o térreo.

Desceu as escadas aos pulos, finalmente chegou ao chão, a única coisa que viu foi um carro preto levando Sarah. "Não posso atirar no meio da rua, não quero policiais atrás de mim! Merda! Vai ter que ser isso então!" O rapaz tirou uma extensão de rifle das seu casaco e puxou o rifle que estava carregando, conectou os dois e mirou com cautela.

- TOME ISSO!

Atirou, sua mira era popular entre os mercenários e agora ela estava sendo colocada à prova, o carro virou e a bala passou direto, ficando encravada em uma parede. "Eu... perdi o alvo!" Obviamente o som do disparo chamou muito a atenção e o garoto já havia sumido para um telhado de novo, ele estava ofegando muito, seus músculos estavam cansados e sua mente frustrada. A única coisa que podia pensar agora era: "Como... eu perdi um alvo para alguém como ele?! E que tipo de poder era aquele?! Nada disso faz sentido!... Preciso informar o cliente... se não me engano ele continua em Londres..."

Yakosoku, O internato prometidoOnde histórias criam vida. Descubra agora