Capítulo 7

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**Voltando para a visão da Ana momentos depois dos relâmpagos**

- ... Acho que deveria ir pra lá agora e... – Começou a escutar hélices de muito mais de um helicóptero. – "Que barulho é esse?"

Quando se virou para trás viu quatro helicópteros vindo na direção da cidade onde Peter estava, todos estavam equipados com metralhadoras e lança mísseis. Logo atrás deles havia no mínimo cinco furgões reforçados, isso sem contar as poucas motos acompanhando-os.

- Que... Que porcaria é essa?! Com certeza não são homens do Virirk... – Entrou para dentro da caminhonete e foi mais para dentro no matagal. – Vai ser melhor se eu for por fora da estrada, tentar entrar na cidade... algo me diz que estão atrás do baderneiro. – Ligou novamente o veículo e começou a dirigir fora da estrada. – Se encontrarem Peter lá, vão mata-lo! Com certeza!

Rapidamente todos os furgões, motos e helicópteros chegaram bem antes de Ana. Os helicópteros se manteram no céu, as motos estavam cercando o palco do baderneiro e todos os homens que estavam nos caminhões desceram e neutralizaram os dois membros da banda restantes. Um dos homens tentou fazer contato com alguém da plateia algemada.

- Ei, ei, senhora? – Tentava cutuca-la, em vão, ela estava morta, com as orelhas sangrando, boca arreganhada de tanto gritar e os olhos mortos pareciam ainda exaustos do barulho.

A tal moça não era a única, todos ali estavam do mesmo jeito, orelhas sangrando e corpos mortos, uma cena aterrorizante. O esquadrão que estava em cima do palco tentou dizer algo a Peter, que estava desacordado, mesmo com os olhos abertos, suas orelhas sangravam e não tinha largado por momento nenhum as facas encravadas no rosto do baderneiro. O esquadrão cansou de esperar alguma resposta e simplesmente o algemaram com um equipamento super fortalecido, aquilo poderia fazer com que qualquer um ficasse incapacitado.

Comandante da missão: levem-no, ele foi uma testemunha, e também foi responsável pela morte deste homem no chão. Chamem a equipe médica, tragam um legista e peçam para carregar este corpo, vamos analisar os dois em Yakosoku.

- Sim senhor.

Ao longe, atrás de uma parede de casa quase destruída, estava Ana, escorada, ocultando sua presença e vendo tudo aquilo. "Então ele está vivo... que bom pra ele..., mas pelo o que pude escutar... vão... analisa-lo? E vão levar ele para uma tal de 'Yakosoku'?"

Comandante da missão: Vamos logo, a equipe de limpeza vai queimar a cidade inteira!

"Puta que pariu... bem eu vou nessa... meu avô deve saber algo dessa tal de 'Yakosoku', só espero que Peter não seja dissecado por motivo nenhum até lá, eu mesma quero enfiar uma faca nele...

Depois de meia hora andando pela cidade e desviando de todos os guardas, Ana finalmente chegou na caminhonete, ela decidiu que iria segui-los e descobrir por si mesma. "Se eu seguir por fora da estrada vai ficar tudo bem." Olhou para trás e viu que realmente, acabaram de

Começou a perseguição, estavam com pressa, todos os furgões estavam indo com toda velocidade. Ana estava fazendo tudo oque podia para não os perder de vista. Depois de andarem dez quilômetros, um farol de luz roxo surgiu no chão, Ana estava longe demais para ver de onde vinha aquilo, mas momentos depois viu um portal roxo gigante.

- MAS QUE CARALHOS É AQUILO?! – Enfiou o pé bem fundo no acelerador e foi para a estrada. "Eles criaram aquilo?! Que se dane! Se precisar matar todos que estiverem lá, eu vou passar, eu vou passar!!!"

Um a um os veículos foram passando, estava quase no fim, um dos motociclistas percebeu o som do motor da caminhonete de Ana e freou, um homem saiu ao mesmo tempo que a moto freou. O tal homem tinha cabelos brancos e as pontas eram roxas assim como seus olhos, estava usando um terno preto se dirigiu ao motociclista.

- Ah? Uma ponta solta? Pode se livrar dela, a diretora não quer nada disso, depois é só passar pelo portal viu? – Entrou de volta no portal.

- Sim senhor. – Era uma voz feminina. Arrancou uma pistola de dentro da moto e mirou, mas não contava com a maestria de Ana com armas, momentos depois a soldada estava no chão com duas balas em suas pernas.

Ana freou a caminhonete e desceu com uma faca e uma espingarda leve, se aproximou da soldada e tirou o seu capacete, um rosto coberto em dor e ódio foi revelado e, momentos depois, apagado por um olhar intenso, mortífero e assustador foi mostrado. Ana agarrou a moça pelos seus cabelos curtos, agachou-se e puxou-a para cima.

- Quem são vocês?

A moça estava sem ar, hiperventilando.

- Acho que não me escutou... perguntei: QUEM SÃO VOCÊS? – Tirou a faca do bolso e fez um leve corte no rosto da mulher.

- AAH! JAMAIS DIRIA QUEM SOMOS P-PARA UMA PSICOPATA, LARGUE-ME AGORA OU TERÁ CONSEQUENCIAS MUITO PIORES!

Outro corte, dessa vez bem perto do olho esquerdo da moça.

- Mais um insulto, e ficará cega de um dos olhos. Agora me responda, antes que eu perca a paciência.

- ... S-somos.... somos a Yakosoku.... – Gaguejava de medo e tentava pensar nas palavras certas para não ser morta.

- E?

- Protegemos o m-mundo das brechas... e de todos os maus que elas trazem...

- Oh? É mesmo? Que interessante. – Posicionou a ponta da faca em cima da bochecha esquerda da mulher e aos poucos aplicava uma quantidade mínima de força. – Para onde este portal leva?

- ... D-de acordo... com os dados.... iria nos levar para a Yakosoku... p-provavelmente a uns 10 quilômetros de lá...

Começou a aplicar um pouco mais de força, começou a aparecer um pequeno furo.

- Oh! Que maravilha! Poderia chegar lá com a sua moto, não é?

Foi no fim da frase de Ana que a mulher se mexeu, usou suas mãos para desarmá-la e a posicionou de modo com que poderia facilmente quebrar seu braço.

- NÃO BRINQUE CONOSCO! SOMOS A ORGANIZAÇÃO QUE VAI SALVAR O MUNDO! SOMOS A YAKOSOKU! IIIÁÁ! – E, usando uma força tremenda, tentou quebrar o braço de Ana. E é como está escrito, ela tentou, mas Ana literalmente se contorceu de modo que a força que a mulher usou fosse usada como uma corrente. A ação acabou com o rosto da mulher enfiado no asfalto e um cano de espingarda na sua nuca.

- Foi bom pedir informação com você, que pena que decidiu me atacar, foi... um erro, sabe?

- E-ESPE-

Um único tiro, a espingarda explodiu a cabeça da moça. Ana suspirou, acabou se sujando de sangue.

- Bem... vamos tirar a roupa dela e passar pelo portal... provavelmente ela tem algum cartão de acesso... hihi, vai ser divertido. – O sorriso aparentemente maléfico da garota estava refletindo uma alegria enorme e muita excitação para entrar pelo portal.

Yakosoku, O internato prometidoOnde histórias criam vida. Descubra agora