— Meu Deus! Que bagunça! — Joalin murmura atrás de mim.
— E a senhora vai me ajudar a limpar, certo? — sussurro observando as crianças pularem em meu sofá.
Respire Gabrielly. Não é porque seu sofá é branco e eles tão pulando com sapatos sujos, que você tem que surtar. Ok. May disse que era bagunceiros, ela me avisou, depois eu mando limparem.
— Talvez... Vai me dar doces para mim levar embora?
— Claro né. Se eu não der você pega, então não adianta nada. — encosto minha cabeça no ombro dela.
— Noah não vem né? — sussurra o mais baixo possível.
— Não tenho certeza. Sabe, isso me destrói! Ele é meu melhor amigo, mas também é pai da minha filha, ele tem que ter a ciência que May tem sentimentos, e sente falta do pai.
— Entendo.
— Você viu, semana passada. Já é a sexta vez que ela me pergunta do pai, e pergunta se não vou a abandonar. Jô, a cada vez que isto acontece, uma parte de mim morre. — uma lágrima desce, mas trato de limpa-la.
— Ligue para Noah, diga a ele que neste final de semana ele tem que passar com May, tipo uma obrigação mesmo.
— Eu não posso obrigá-lo.
— Então apela para o Juiz.
— Eu vou tentar resolver isso. — e a conversa é finalizada.
Dou uma volta pela festa, vendo se tudo está bem, se alguém se machucou ou algo assim. Vou até á mesa de comidas, coloco um copo de suco de uva, e volto para perto de Joalin.
— Tia Ay, os salgadinhos acabaram, e achei que seria bom te avisar. — um garotinho, Lucca, aparece.
— Ah, a titia vai pedir mais. Obrigada por me avisar pequeno. — faço hi-5 com ele, e logo o garoto volta a brincar.
Disco o número da padaria na qual eu sempre peço, mas dá ocupado. Encaro Bailey, preocupada. E agora? Como arranjarei comida para essas crianças que não param de comer um minuto, inclusive parecem eu.
— Oque aconteceu? — Bailey chega perguntando.
— Os salgadinhos acabaram, e a padaria não está atendendo. — murmuro desesperada.
— Calma, Gaby. As vezes eles estão em ligação e não dá pra atender.
— Conhece alguém que faça salgadinhos ou vamos ter que ir no mercado para comprar congelado e fritar? — pergunto me encostando na parede.
— Ninguém. — murmurou.
— Já volto! — saio rapidamente, subindo as escadas.
Pego as chaves do carro, minha bolsa preta, coloco uma jaqueta, vou no banheiro e passo meu perfume e então desço as escadas novamente.
— Mamãe, vai aonde? — May aparece da Nárnia.
— Comprar salgadinhos, quer mais alguma coisa?
— Kibe, não precisa muito. — pede me abraçando e voltando de onde veio.
Sigo caminho até a garagem, encontrando Joalin roubando docinhos escondida atrás da mesa.
— Jô! — dou um susto nela, que logo me encara de cima a baixo.
— Vai a onde, assim toda chique? — dou uma voltinha para ela ver minha produção.
— Buscar salgadinho, acabou tudo e a padaria não atende. — resmungo cansada.
— Tentou a padaria dos meus tios?
— Não...? Eu nem sabia que seus tios estavam aqui.
— Eles moram na outra esquina, e Joshua, meu primo que faz as entregas e pelo que conversei com ele, eles estão trabalhando de final de semana.
— Joalin, a salvadora. — abraço ela.
— Calma, vou te enviar o número da padaria. Agora volta lá pra festa que eu já estou indo.
— Nem vem, se te deixar aqui os doces acabam. — a encaro com tédio.
— É... Faz sentido. — ela ri, se levantando.
—𝘢 𝘧𝘦𝘴𝘵𝘢—
Espero que estejam gostando.
Os capítulos são postados todos os sábados, terças e quintas.
Beijos e até logo.