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"John tenta salvar Emori a todas as custas, mas talvez as mãos que moldam o destino podem ser cruéis, e levar-nos para lugares inesperados."
Tudo acontece devagar demais para Murphy, ele goste disso ou não. Parecia que o tempo havia parado com o estrondo da arma, o fogo sendo atirado enquanto as chamas flutuam junto com a bala. A princípio, quando ele ouviu o tiro, ele correu o mais rápido possível até Emori, tentando a proteger a todas as custas.
Quando ele acaba por cima dela, protegendo sua cabeça com seus braços e seu corpo com o dele, ele acha que chegou lá rápido o suficiente.
Ele ouve Emori engasgar embaixo dele, e ele se levanta um pouco. Ele pensou que o peso dele estava a sufocando - ele estaria abençoado se fosse somente isso. Quando ele viu uma mancha preta no peito dela, ele não conseguiu identificar se era uma mentira que sua mente estava lhe contando ou se era verdade. Para o bem dele, tinha que ser uma mentira.
Mas não era.
Ele ouve gritos no cômodo, pessoas desesperadas pelo tiro, mas eles estão muito distantes. A única coisa que ele é capaz de ouvir momento eram os pequenos suspiros de dor de Emori.
Por que tudo é tão pequeno, mas o ferimento tão grande?
Ele não tem tempo de pensar direito. Ele age de acordo com seu instinto, pressionando suas mãos contra o ferimento dela para parar o sangramento e ela geme com o peso das palmas dele. Ele pediu desculpas, mesmo sabendo que essa era a coisa certa a se fazer. Isso é o que ensinaram ele a fazer nesses casos.
Ele só queria não ter que usar esse conhecimento com sua namorada.
Ele sente o peito de Emori levantar e descer irregularmente contra suas palmas e ele escuta ela desesperadamente buscando por ar, e tudo isso só quebra o coração dele. Seu coração dói, querendo tirar toda a dor dela.
Deveria ter sido eu. Deveria ter sido eu.
Murphy não consegue dizer nada, e ele não acha que seria capaz de dizer seu coração agora de qualquer forma. Ele só continua olhando nos olhos dela, aqueles olhos lindos e únicos que só ela tem, e vê o entendimento neles, como se ela sabia todos os pensamentos que ele não conseguia transformar em palavras.
Eu te amo. Eu não quero te perder. Eu não posso te perder. Por favor, não me deixe. Eu ainda preciso de você. Tudo vai ficar bem. Fique comigo.
Deveria ter sido eu.
- Vai ficar tudo bem - ele encontrou sua voz em algum lugar em sua garganta para pronunciar a frase. Ele sabia que estava longe da verdade horrível; ele sabia que era possível que nada fosse ficar bem. Mas pelo menos ele tinha que acreditar que sim. Ele precisava que ela acreditasse que sim pra ela não desistir.
Emori fez muito esforço para sorrir para ele. Ela sentiu a dor exalando dos olhos de John, e isso doeu um milhão de vezes mais do que a sua ferida de tiro dói.