Contos E Outras Histórias

Minha amada lua

As vezes, só as vezes, eu apago todas as luzes de casa e vou até a varanda. Coloco meus fones e depois apoio meus braços no muro, apenas para ter um apoio para que eu possa olhar para o céu e a ver no meio de um mar de estrelas. Como pode algo estar tão longe e brilhar tanto?

Não, Bruno Mars, não tem ninguém conversando com a lua junto de mim. Não tente me dizer o contrário, eu sei que não tem. Se tivesse estaria que nem ela: longe e impossível de capturar com uma câmera de celular.

Não acredito nisso de alma gêmea, na minha pacata vida só existe nós: eu e ela. E vai continuar sendo só nós, pois não importa quantas pessoas eu conheça, todas elas vão para longe, mas ela não, ela fica. Longe, mas ainda posso vê-la. Está fora do meu alcance, mas posso admira-la.

As vezes some ou fica sem alguns pedaços, mas sempre volta: aquela redonda e brilhante lua. Mesmo chovendo eu sei que ela está lá pois a mesma é a única que não me deixa sozinha. E será assim até que eu parta desse mundo, até eu me tornar uma estrela e assim poder finalmente ficar ao seu lado, perto da minha amada lua.