Dias de Cão

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Antes de ir até meu quarto passei pela sala de instrumentos, Observei meu quadro, que em minha opinião estava horrível.

Madalena sempre diz que sou bom no que faço mas não creio que seja tão bom quanto meu pai, mas observando melhor o quadro, Madalena tinha razão, aquela árvore nunca esteve lá.

E porque ainda sim sentia que ela já pertencerá a aquele lago ?

Olhei em volta, a procura de um lençol para cobri - lo. Quando o achei encima do sofá, ouvi os empregados as pressas, para preparar meu banho.

Cobri o quadro e sai as pressas para aproveita - lo.

" Madalena realmente não sei o que faria sem a senhora!"

" Creio que nada senhor !"- ela saiu dando risada, mais estava certa, não saberia fazer nada sem seu auxílio.

Tomei meu banho, me arrumei para dormir.

Deitei - me na cama virado para janela, mas avistei algo estranho se movimentando no gramado.

Levantei - me num pulo, para averiguar oque de tão incomum estava a rondar as terras de meu pai.

Seria Storm? Será que fugiu novamente do estábulo ?

Se for isso esse cavalo me paga, mais e se não for isso ? É se for um golpista ? Ou um pistoleiro ?

Levantei - me da cama e peguei uma vela que ainda chamuscava uma pequena chama.

Tentei não fazer barulho até chagar a sala principal. Mas pensei bem, e , não eu não iria desistir só me precaver!

Olhei em volta da sala escura, graças a luz da lua avistei um vazo, andei depressa esbarrando em uma das poltronas. Droga!

Peguei o vaso e sai porta fora.

Bom tudo bem Lucas, não irá lhe acontecer nada, oque quer que seja isso não irá vencer você, por que você é o homem mais forte desta casa !

Avistei a janela do quarto segui ao passo daquele vulto. Corri o mais rápido que pude, meus passos me guiaram para o lago. Olhei em volta rezando para que chama daquela vela não se fosse.

Senti um leve empurrão nas costas e já sabia muito bem quem era.

" Storm garoto você não irá aprender nunca a ficar no estábulo ? " - ele me olhou de um jeito diferente, sei que aparenta estranho mas sim, sei que Storm me entende." Vamos Storm !" - havia uma corda em seu pescoço, a agarrei para levalo ao estábulo.

O puxei para o lado em direção a casa, mas ele me puxou mais forte, me fazendo cair de cara na grama.

" Hum... Storm!! " - cuspi um pouco de Mato da boca e limpei meu rosto que estava com pó da terra.

Ele relinchou e me arrastou apontando para o lago. Me agarrei em sua corda e me apoiei para levantar.

Olhei para o lago e nada havia de estranho por ali. O que ele queria mostrar ?

" Storm não estou de brincadeira! Vamos não há nada ali"

Ele bufou, e relinchou. O puxei e após muito esforço ele cedeu seguindo - me.

" Storm... Graças a Deus que era você e não algum pistoleiro! Ou um saqueador, imagina se fosse eu teria muito mais trabalho!"

" Amanhã irei para a cidade com meu pai, ele insiste que tenho de saber administrar os seus negócios, mas não é isso que quero .... na verdade eu gostaria de viajar o mundo, como um descobridor de terras, explorar tudo.... mas, sei que não é uma carreira e por isso poderia escandalizar minha casa..."

Chegamos ao estábulo, mas havia algo de estranho em seu cubículo. Estava aberto, claro , mas não por um cavalo como Storm que com toda certeza teria arrombado, mas estava com o trinco aberto, somente uma pessoa abriria aquilo, meu pai o reforçou para evitar as fugas repentinas de Storm.

" Amigo, alguém lhe soltou ? Como, um pangaré, como você abriu isto ? "

Ele permaneceu em silêncio, adentrou seu cubículo e se deitou.

" Meu Velho amigo , boa noite! Não fuja a noite de novo ! Melhor de dia!"- pisquei para ele que bufou para mim. Acabei por rir, aquele cavalo realmente me entendia e disso tinha certeza.

Voltei as pressas para meu quarto, e me lembrei da vela... onde ela estaria ? Com certeza caiu perto ao lago.

Eu estava sujo mas não me importei com aquilo, Deitei - me na cama, virei para a janela. Oque o fulturo me reserva ? adormeci imaginando, o mundo e seus encantos.

Entre SéculosOnde histórias criam vida. Descubra agora