Já eram três horas da madrugada.
Michael levantou-se da cama e pegou a sua mochila, já estando todo arrumando. O rapaz pegou suas chaves e saiu para o corredor de maneira cautelosa, com medo de ser pego pelo seu pai ou mãe.
Conseguiu sair de casa com mais facilidade do que esperava. Assim, o jovem trancou a porta da frente e seguiu rumo para a pizzaria, apressando o passo para não deixar os seus amigos esperando.
Haviam passado pouco mais de meia hora até Mike começar a ver a pizzaria. Chegando lá, ele também percebeu que o resto do grupo já estava esperando por ele.
– Oi, desculpa a demora.
– Tudo bem – disse Charlie. – Então agora eu tenho que abrir a porta, né? Não tem mais volta.Todos assentiram, então ela finalmente destrancou a porta. Porém, ao pôr a mão na maçaneta, hesitou.
– Algum problema? – Mike perguntou.
– Você tem certeza disso, Mike?
– Sim, nós já tivemos essa conversa.
– Eu não sei... Isso é literalmente um crime. E se nós formos pegos?
– Nós não vamos.
– Como você tem tanta certeza?
– Eu não tenho, você sabe que eu não tenho certeza de nada. Mas a gente precisa chegar no fundo disso – respondeu, agarrando a maçaneta com força e abrindo a porta.Michael foi o primeiro a entrar, sendo seguido pelos outros três.
– Mike, você conseguiu o papel das câmeras? – perguntou Lamar.
– Sim, aqui está.O outro rapaz tirou o papel das mãos de Mike, parando por curtos segundos para analisá-lo. No papel, havia uma planta da pizzaria, porém mostrando quais áreas são filmadas pelas câmeras e quais não podem ser vistas.
Agora guiados por Lamar, os quatro se esforçavam para manterem-se nos pontos cegos das múltiplas câmeras, sem quererem que o guarda noturno os veja.– Aqui estamos – disse Michael em um sussurro.
– Okay, o plano é o seguinte: você e Charlie vão entrar na sala e procurar por qualquer coisa que seja útil. Eu e Marla vamos ficar aqui fora, de olho no guarda. Se vocês ouvirem três batidas na porta, saiam o mais rápido possível da sala!
– Certo. E se a gente bater na porta três vezes, é porque precisamos da ajuda de vocês – acrescentou Charlie.Todos assentiram.
Assim, Charlie entrou na antiga sala, conseguindo não fazer barulho. A garota gesticulou para Michael entrar, então assim ele fez.– Urgh... Essa sala é tão fedorenta – Mike falou, iluminando a sua volta com uma pequena lanterna no seu chaveiro. – Uma mistura de produto químico com mofo, é claro.
– Não, essa sala é muito mais fedorenta que isso. É como se tivesse alguma coisa apodrecendo aqui dentro.
– Impossível, eles limparam tudo – respondeu, passando a mão pelos itens na estante à esquerda.O garoto levantava e repunha no lugar as variadas peças e partes dos antigos robôs, encontrando apenas o que pareciam ser meses de poeira acumulada e claramente ignorada por seja lá quem fez a limpeza da sala. A única pergunta que conseguia fazer a si mesmo naquela hora era: por que caralhos eles ainda mantêm essas coisas aqui?
Chegando no fim da parede esquerda, Mike notou algo. Uma memória dos seus delitos, a causa dos seus pesadelos e, surpreendentemente, a fonte do odor que havia sentido ao entrar na sala.
A pelagem amarela da fantasia parecia reluzir à luz da lanterna e suas cavidades oculares, vazias e negras, a deixavam tão sem vida quanto aquele que morreu nas mãos de Michael. A figura de Fredbear naquele momento poderia amedrontar qualquer um, mas a história que o urso dourado contava com o seu silêncio parecia intensificar esse sentimento dentro do rapaz parado bem diante dele.
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Sorriso de Criança - Fanfic de FNaF [+14]
FanfictionUm lugar, uma semana, cinco crianças desaparecidas. Cabe a Michael, junto do seu grupo de amigos, descobrir os segredos que rastejam pelas paredes da notória Pizzaria do Freddy Fazbear e entender o porquê do dono do local, ou melhor dizendo, o seu p...