Capítulo 12

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  William deu um último gole na garrafa de cerveja antes de jogá-la no chão. Era como se ele já tivesse perdido o controle sobre si há muito tempo. Suas pernas pareciam caminhar sozinhas até o porta-malas e suas mãos haviam tirado um machado de dentro sem ele sequer ter mandado.
  Lágrimas escorreram pelo seu rosto magro, mas isso não o impediu de fazer o que precisava. Arrastando o machado pelo chão, William passou pela porta da pizzaria e quebrou a maçaneta para impedir qualquer um de entrar. Se os meus filhos não puderem voltar, os de ninguém vão.

 

 

  Dessa vez eles não tinham com o que se preocupar. Ainda não havia um substituto para o guarda noturno e Henry estava na casa dos Afton, o que impedia William de sair de casa naquele anoitecer.
  Quando o quarteto estava chegando no local, Charlie viu que seu pai havia lhe enviado algo. "Fujam" era tudo que a mensagem dizia.

  – Como assim? – ela perguntou para si mesma em um sussurro, mas logo em seguida digitou a mesma pergunta para o homem. Não houve resposta.
  – O que foi? – Marla perguntou, sendo a primeira a notar que Charlie havia parando de andar.
  – O meu pai, ele me mandou uma mensagem estranha.
  – Deixa eu ver – Lamar falou, aproximando-se junto de Mike. – Por que ele quer que você fuja?
  – Eu não, nós.
  – Fugir para onde? E de quê? Será que algo aconteceu na casa do Mike? – Marla perguntou, levando todos a olharem para Michael ao fazer a última pergunta.

  O rapaz tirou o celular das mãos de Charlie e continuou relendo a mensagem. A cada nova lida que ele fazia, seus pelos pareciam se arrepiar e seus olhos arregalarem cada vez mais. Só tinha uma coisa que isso poderia significar.
  Michael devolveu o celular para Charlie e saiu correndo até a pizzaria, deixando todos os seus amigos para trás.

  – Mike?! MIKE! – Lamar gritou e logo correu atrás dele, sendo seguido por Charlie e Marla.

  Por sorte, eles já estavam perto do local quando a mensagem foi enviada.
  Quando Michael se aproximou da entrada, notou cacos de vidro espalhados pelo chão, a maçaneta e a tranca quebradas e claro, o carro do seu pai. Ele correu até a porta e tentou forçá-la a abrir com o próprio corpo, mas não tinha forças o suficiente. Agora ele chorava, frustrado e em pânico.

  – Mike, o que aconteceu? – Charlie perguntou ao pôr uma mão no ombro dele.
  – Ele vai tentar fazer algo com os robôs ou talvez até com a pizzaria! – ele falou entre choros, soando quase ininteligível. – Ele deve ter descoberto sobre a gente e sobre eles e agora vai tentar acabar com isso tudo! É por isso que Henry pediu para a gente fugir! Ele deve ter machucado ele também!
  – Ele quem, Mike? – dessa vez quem perguntou foi Lamar.
  – William – Charlie respondeu, finalmente conectando tudo. O porquê de Michael não querer ficar na própria casa, o jeito estranho que William estava agindo, a mensagem de Henry e claro, o icônico carro roxo estacionado a poucos passos deles. – Ele é o assassino?

  Michael assentiu.
  Logo a imersão da conversa foi quebrada com o barulho de vidro que foi ouvido. Os três olharam para a direção do som e lá viram Marla com uma pedra em mãos e uma janela quebrada a sua frente.

  – Alguém tem que parar ele, né? – a garota falou logo antes de entrar pela janela, sendo rapidamente seguida pelos outros três.

  Quando o grupo chegou no salão principal, viram a tão esperada figura do assassino, William Afton. Seus olhos vermelhos como sangue apenas contribuíam para a imagem de um psicopata, mas o que realmente faria até a mais corajosa das pessoas correr era a força que ele usava para tentar quebrar máquinas animalescas com um mero machado. Um homem com aquela motivação e aquela força brusca era uma clara ameaça que só naquele momento fora descoberta.
  Quando ele levantou o machado pela segunda vez, foi impedido de acertá-lo em Freddy. A mão do próprio urso havia segurado o braço de William e assim impediu ele de continuar. Porém o homem sequer teve tempo de pensar em algo para falar ou fazer, pois foi acertado com um golpe tão forte em seu rosto que ele acabou caindo no chão.

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