Eu só escrevo finais felizes, não saberia escrever outra coisa.
• • • • • • • • • • • • • • •
Shuntarõ Chishiya
Se sentia em um filme.
Não havia nenhuma palavra que demonstrasse mais como se sentia naquele momento. Sentado na varanda de Niragi, com o sol se pondo calmamente por trás dos prédios.
O barulho de buzinas, sirenes e alarmes vindos lá de baixo, onde empresários cansados voltavam para casa, ou onde baristas iniciavam mais uma jornada de trabalho.
Não sabia onde o dono do apartamento estava, depois de uma semana estressante com entregas de trabalho e provas Chishiya havia aproveitado o feriado para se jogar na cama e ignorar qualquer movimentação do lado de fora. Havia acordado no final de tarde, com nada além do barulinho do filtro de água como companhia.
Ouviu a cafeteira sinalizando que seu café estava pronto e desceu da cadeira, encostando os pés no chão frio. No instante em que chegou perto da cozinha a porta da frente foi aberta, e Niragi entrou, murmurando um palavrão enquanto pressionava o dedo no nariz, de onde escorria sangue.
— O que diabos aconteceu com você? — Perguntou ignorando o chamado insistente da cafeteira e se aproximando do garoto que retirava o próprio casaco.
— Não é nada, é só...nada. — Andou até o próprio quarto, ignorando os passinhos insistentes de Chishiya atrás de si, e foi até um armário praguejando pelo caminho.
— Como assim "não é nada"? Eu nunca vi o nariz de uma pessoa sangrar por nada. — Retrucou pousando as mãos na cintura, os pés batendo repetidas vezes contra o carpete.
— Não é nada ok? Viu, já passou.. — Apertou um lencinho contra o nariz, e depois levantou os olhos encarando o garoto impaciente parado em sua porta.
Acenou com a cabeça pra que Chishiya se aproximasse e jogou o lencinho no lixo que ficava aos pés da cama, mostrando que já não sangrava mais.
— Não fique com essa carinha meu bem, isso sempre acontece quando a temperatura cai, desde os meus cinco anos. — Acariciou a bochecha alheia com o polegar, podia jurar ter visto Chishiya fechar os olhos lentamente ao sentir o toque.
Tudo no platinado o lembrava porcelana, desde a cor, tão branquinho quanto a neve, quanto a fragilidade que sempre era disfarçada com um sorrisinho debochado e com as respostas tão ácidas quanto veneno.
Adorava quando aquela palidez dava lugar a uma vermelhidão engraçada e completamente adorável, sempre que o mais novo ficava envergonhado, que logo era seguida por um abaixar de cabeça e um grunhido irritado, logo reclamando de como Niragi era "meloso quando queria".
— Deveria ter falado isso quando entrou....eu não teria ficado... preocupado. — Praticamente sussurrou a última parte, dando um tapinha na mão que lhe fazia carinho.
— Se importa comigo? — Deu um sorrisinho enquanto abraçava a cintura do garoto relutante.
— Idiota.....meu café vai esfriar então me solte. — Deu dois passinhos pra frente, carregando Niragi a tiracolo, o moreno não fazia questão de soltar e foi arrastado até a cozinha.
• • •
— Pelo menos você está longe daquele....homem. — Aya remexeu o macarrão em sua bandeja fazendo uma careta.
Morar com Niragi tinham lá seus pontos positivos, não só a presença do moreno que lhe trazia segurança, mas todo aquele ambiente trazia uma paz surreal. Como se seu corpo reconhecesse aquele lugar como casa.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝑭𝒊𝒏𝒂𝒍𝒍𝒚 𝒇𝒓𝒆𝒆 ♾
FanfictionE se os astros, estrelas e o espaço se juntassem em um complô pra me fazer continuar, você apareceu, e me salvou de mil formas diferentes. ғᴀɴғɪᴄ +18 ɴɪʀᴀɢɪ+ᴄʜɪsʜɪʏᴀ ᴄᴏɴᴛᴇᴍ ɢᴀᴛɪʟʜᴏ ᴘᴇʀsᴏɴᴀɢᴇɴs ᴅᴇ ᴀʟɪᴄᴇ ɪɴ ʙᴏʀᴅᴇʀʟᴀɴᴅ ᴀʟʟ ʀɪɢ...