E I G H T

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Queria avisar que eu decidi fazer um bônus pra essa fic, e esse é o nosso querido penúltimo capítulo.

Capítulo dedicado a Crreide e a _W4n-H3d4, os anjinhos que me ajudaram em um momento difícil.

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Shuntarõ Chishiya

Chishiya não gostou de sentir a cama vazia, gostou menos ainda quando não achou Niragi em nenhum lugar da casa, apenas o gato da vizinha e um bilhete na mesinha da sala como companhia.

Se sentou no sofá, pegando o papel em mãos lendo tudo que o mais velho havia escrito e questionando sua sanidade, julgando ser tudo uma alucinação. Pegou o celular sentindo as mãos tremerem, discando o número de Niragi e sentindo a garganta ferver quando apareceu "número não existente" na tela.

Começou a sentir falta de ar, seus olhos embaçaram e por um segundo seus sentidos se confundiram. Não sabia onde estava o remédio que tomava sempre que tinha uma crise de pânico e julgava ser incapaz de levantar do sofá.

Digitou o número de Kuina enquanto seus pulmões imploravam por ar, quando a amiga atendeu ele não fez mais do que soluçar, murmurando um "vem pra cá, por favor."

Se pareceram horas, até que finalmente a morena entrou pela porta, esbaforida e com as bochechas vermelhas. Encontrou o amigo encolhido no sofá, soluçando enquanto apertava o bilhete contra o próprio corpo.

- Shiya? O que aconteceu? Por que tá assim? Cadê o Niragi? - Ela se agachou na frente do amigo, este que pareceu chorar mais ao ouvir o nome do outro ser mencionado.

Ele apenas estendeu o bilhete, agora molhado pelas lágrimas alheias. Kuina o leu com calma, logo voltando a olhar o platinado e o puxando pra um abraço.

- Shhh....vai ficar tudo bem, tudo bem. - Ela repetiu as palavras por bastante tempo até que ele se acalmasse, se levantou pra pegar um copo de água e logo voltou a sentar ao lado dele.

Explicou o motivo da ida de Niragi, vez ou outra derramando alguma lágrima e deixou que a amiga o confortasse.

- Tentou ligar pra ele?

- Foi a primeira coisa que fiz, disse que o número não existia. - Murmurou sentindo o afago nos seus cabelos aumentar a medida que Kuina ficava nervosa.

- Ele vai voltar Shiya, sabe como Niragi é. Impulsivo, difícil, mas ele gosta de você. Vai voltar tenho certeza.

Ele apenas concordou com a cabeça, tentando se distrair com o felino em sua casa que encarava Chishiya, em parte curioso pela quantidade de água que escorria no rosto do humano. Se distrair era uma tarefa difícil, principalmente quando o cheiro do mais velho estava impregnado em casa cômodo da casa.

Passou o resto do dia com a garota, Kuina lhe disse que avisaria no trabalho que ele estava indisposto e prometeu que voltaria no dia seguinte. Assim que se despediu dela voltou a sentir as lágrimas pedindo espaço, o ambiente vazio e escuro não parecia tão confortável sem o calor rotineiro do moreno, até mesmo Sonie parecia ter lhe abandonado nesse momento.

Foi até o corredor enquanto sentia o corpo fraco, deveria ter comido alguma coisa como Kuina havia mandado, mas ele não sentia fome. Viu a porta do quarto de Niragi aberta e foi até o lugar, encontrando os armários vazios, até mesmo a escrivaninha sempre lotada de papéis de doce, trabalhos não entregues e roupas largadas estava vazia deixando o ambiente frio, fazendo Chishiya apertar mais o próprio casaco andando até a cama desarrumada.

𝑭𝒊𝒏𝒂𝒍𝒍𝒚 𝒇𝒓𝒆𝒆 ♾Onde histórias criam vida. Descubra agora