Prólogo

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### PLÁGIO É CRIME! ESSA OBRA ENCONTRA-SE REGISTRADA NA FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL. 

###  No Código Penal Brasileiro, em vigor, no Título que trata dos Crimes

Contra a Propriedade Intelectual, nós nos deparamos com a previsão de crime de violação de direito autoral – artigo 184 – que traz o seguinte teor: Violar direito autoral: Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. Então, não Plagie!

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Será que morrer doí?

         A pergunta infantil veio antes que uma lágrima escorresse pelo rosto rosado de Meline Sulliver e se perdesse para sempre no piso de madeira. Seus longos cabelos castanhos caiam desarrumados ilustrando as péssimas condições que se deparava.

         Nunca se sentira pior. Seu coração batia como uma marcha fúnebre conduzindo-a terra dos mortos. Sentia que não podia aguentar, tentava a todo custo impedir que as lágrimas rolassem como cascatas, contudo não tinha como impedir. Era sua natureza. Já tinha chorado um bocado.

         Talvez realmente não houvesse outro jeito, mas afinal o que podia fazer? Talvez a morte não fosse tão ruim assim. Se fosse rápida, sem muito sofrimento, se livraria finalmente de toda tormenta que acabara com sua vida. Poderia voltar a sentir paz e a tranquilidade, sensações que não tinha há muito tempo. E quem sabe, se tivesse sorte, rever a sua irmã... pedir perdão por tudo...

         Meline fechou os olhos lacrimosos e os escondeu com as mãos. Sabia que estava em um estado além da compreensão, estava fraca, sentia a vitalidade definhar como estivesse prestes a se retirar. Suas mãos tremiam frias, um suor gelado escorria de sua testa, sentia ânsia e sua cabeça girava.

          Seu quarto, iluminado apenas pela luz de velas, lhe parecia um lugar adequado para o fim. Aconchegante, confortável. Quem sabe não podia apenas dormir e não acordar mais? Ou quem sabe ao acordar, não despertasse daquele pesadelo, descobrisse que todos esses últimos meses não foram apenas um sonho ruim? Pudesse levantar e tomar um café da manhã, sair pelos gramados sentindo o calor do sol em seu rosto e projetar um sorriso em seus lábios?

            Não. Sabia que isso se fora e não ia mais voltar. Não existiam mais sonhos infantis, apenas uma vida que se esvaia vagarosamente. O coração de Meline começou a tamborilar em um ritmo mais frenético ainda, como se soubesse o que estava por vir, como se quisesse fugir de seu destino iminente. Ela abriu os olhos inchados e fitou a corda traçada em uma elipse. Não tinha arrependimentos das coisas que fez, nem remorso de si mesma, nem piedade. Talvez até no fundo, sentisse que merecia o castigo profano. Levantou-se corajosa, era hora de encarar a morte.

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