Capítulo 6 - Kim Namjoon - Parte 1

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Série Melhores Amigos

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Série Melhores Amigos

"A Carta Que Eu Te Escrevi"

Membro: Kim Namjoon

Fanfics.imaginesbts

Parte 1

POV Namjoon

Timidez. Essa sempre foi a palavra que regeu a minha vida desde que eu me entendo por gente. Eu não era uma criança comunicativa, nunca fui de fazer amigos, pelo contrário, era sempre aquele passava a maior parte do tempo sozinho e que não brincava com ninguém. Eu não era reservado por minha própria vontade, eu simplesmente não conseguia me comunicar, travava sempre que alguém vinha falar comigo, me sentia intimidado por todo mundo que se aproximava. Ser fechado desse jeito me trouxe alguns problemas na infância, sofri bullying do valentão da escola e me escondia sempre que o via ou me deparava com algum dos seus amigos encrenqueiros. Eu não conseguia enfrenta-los e muito menos denunciá-los porque isso me exigiria falar, coisa que para mim não era possível. Mas um dia as coisas mudaram.

Era uma manhã como outra qualquer no colégio e eu me mantinha em sala na hora do recreio enquanto todos os meus colegas de turma brincavam no pátio. Ajeitei o meu óculos de grau para ler um gibi que eu mantinha guardado na minha mochila e foi exatamente nessa hora que ela entrou na sala. Uma menina baixinha, com carinha de boneca e com os maiores olhos que eu já tinha visto. Me lembro de não poder desviar o olhar dela, me senti imediatamente hipnotizado. Aquela garota não era da escola, eu nunca a tinha visto, eu teria notado se ela fosse uma aluna. A menina se aproximou de mim e sorriu, eu imediatamente travei como em todas as outras vezes que alguém tentava manter uma conversa comigo. Ela me encarou com aqueles lindos e enormes olhos e desviou o olhar para a revistinha em minhas mãos.

— Essa é a edição dessa semana? O meu pai ainda não comprou pra mim, está legal? – ela perguntou e eu não esbocei nenhuma reação apesar da minha mente estar gritando para que eu falasse alguma coisa. A menininha me observou com expectativa, mas para a minha surpresa, ela não se afastou diante do meu silêncio, fez justamente o oposto. – Será que a gente pode ler junto? Eu prometo ficar quietinha. –  ela se sentou na beiradinha da minha carteira e olhou a revista em minhas mãos, para o meu total espanto. O meu coração batia tão acelerado que eu nem fui capaz de me concentrar na leitura. A garota realmente ficou ali lendo comigo, ria quando via alguma coisa engraçada ou fazia algum comentário quando achava a história interessante, em nenhum momento ela pareceu se incomodar por eu não falar com ela. Eu voltei a arrumar os meus óculos quando o sinal bateu e ela se levantou estendendo a mão para mim. – Eu sou a S/n, obrigada por me deixar ler com você. Eu gostei de te conhecer, vamos ser amigos. – como eu não estiquei a mão para cumprimenta-la, ela mesma segurou a minha mão apertando-a e saindo da sala logo depois. E eu fiquei ali olhando a porta sem acreditar no que tinha acabado de acontecer.

Quando a professora retornou com a turma, lá estava ela. Ela foi apresentada aos outros colegas como a aluna transferida e quando mandada escolher um lugar para se sentar, ela veio direto até mim, causando um burburinho na sala. Ninguém costumava ficar perto de mim, eu era o garoto esquisito que não falava e por isso ninguém mantinha contato, mas a S/n se sentou exatamente ao meu lado e voltou a sorrir para mim. A professora pareceu satisfeita que ela ficasse ali, afinal ela já não sabia mais o que fazer para que eu me enturmasse com os outros alunos. A menininha não falou mais comigo durante a aula, mas sempre que os nossos olhos se encontravam, ela voltava a sorrir. Eu queria tanto conseguir falar com ela, mas toda vez que eu pensava em tentar, a voz ficava presa na garganta e nada saía. Quando enfim o sinal bateu, eu levantei rápido, agoniado demais para continuar ali em silêncio diante da primeira criança que tentou manter contato comigo. Deixei a sala de modo apressado e acabei me esquecendo de me prevenir contra o valentão que infernizava a minha vida. Quando dei por mim, eu já estava de frente para ele e idiota me olhava como se estivesse diante de uma presa fácil, o que de fato eu era.

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