Capítulo 2

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Boa noite, meus amores ❤️❤️❤️

Não esquecem de votar e comentar me falando o que estão achando... Estou lendo tudo!

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Sofia

Eu não tinha parado para pensar sobre o que esperar do lugar em que a minha tia mora, mas não esperava que fosse em uma espécie de fazenda. A "espécie" fica por conta das diferenças entre a expectativa e a realidade da forma como sempre imaginei quando pensava em fazendas.

A porteira que delimita a propriedade é como o esperado, mas o que se vê depois dela não é. Esperava por baias de cavalos e pastos, recebo um campo lindo com jardins e pomares bem cuidados. Do lado esquerdo, em um espaço coberto, vejo uma garagem que, até onde posso contar, tem cinco carros de luxo. O dono de tudo isso não deve fazer o estilo botas e chapéus de cowboy.

Mesmo de onde estamos, consigo ouvir o som da água correndo, dela se quebrando contra as pedras. Isso significa que tem alguma cachoeira por perto.

— Eu nunca estive em um lugar tão belo — afirmo. A grama embaixo dos meus pés é tão verde e cuidada que parece ser sintética. Tudo faz parecer que estou no cenário de um filme.

— Você ainda não viu nada, minha querida. Quando te mostrar tudo, ficará ainda mais encantada.

As palavras da minha tia me deixam animada, mas não posso deixar de lembrar de seu pedido estranho para que fique longe de um tal de Donovan. Não tive tempo de fazer perguntas para saber quem é o homem, mas a questão está na minha mente.

A lembrança do arrepio que senti quando ele correu daquela forma, quase como se pudesse passar por cima da gente sem se importar, ainda está vívida.

— Não vejo a hora de conhecer tudo — falo.

— Mais tarde, vamos entrar para que conheça as suas primas. Hoje é sábado, então elas devem estar em casa. Provavelmente dormindo até agora. — As minhas primas são dois anos mais velhas do que eu, não somos próximas, mas espero sinceramente que a minha presença não as incomode.

Imagino que não será fácil para elas, assim como não será para mim, se adaptarem com a nova realidade.

— Toda a propriedade pertence a uma única pessoa? — indago enquanto nos aproximamos da casa, que por fora parece bonita.

— Sim. Não só a fazenda, como quase toda a cidade de Riacho Doce. — Pela forma como fala, não parece se importar com o fato de uma pessoa ter tanto poder.

— Como alguém pode ser dono de uma cidade inteira? — Pode parecer uma pergunta ingênua para ela, mas preciso entender.

— Desde sempre a família Magno dominou o comércio local. Se você olhar para os nomes dos estabelecimentos, verá que tem o "Magno" em algum lugar. Resumindo de maneira simplificada, Donovan Magno, herdeiro de Carlos Magno, é proprietário da maioria dos imóveis onde funcionam os comércios locais.

— Caramba, deve ser um senhor muito rico — comento, ela sorri de canto.

Eu disse algo errado?

— Não é só isso. O senhor Carlos costumava abrir estabelecimentos para que os moradores daqui tivessem de onde tirar o sustento, depois disso eles davam uma pequena porcentagem dos lucros. Depois que ele morreu, esse lucro passou a ir para as mãos do Donovan, embora ele seja bem diferente do pai e tenha seguido com o seu legado.

— Não é injusto? — pergunto.

— Não é, minha filha. A percentagem devida é pequena, e dessa forma funciona muito bem para todos. A maioria das famílias daqui vivem de maneira digna. A nossa cidade é considerada umas das melhores de morar dentre as que estão mais próximas — explica, me fazendo mudar de ideia quanto à injustiça. O senhor Magno deve ter sido um homem muito bom e justo. Sobre o filho, não sei o que pensar. — Bom, chegamos. A casa é simples, mas é limpa.

O bebê do viúvo (COMPLETO NA AMAZON)Onde histórias criam vida. Descubra agora