Bom fim de domingo, querida
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SOFIA
Eu não deveria estar beijando o Donovan dessa forma, não depois de tudo, de ter passado os últimos dias erguendo barreiras a minha volta. Depois de ter dito a mim mesma que isso nunca mais voltaria a acontecer.
Eu deveria estar mais irritada pela forma como foi arbitrário ao demitir o administrador, não enrolando a minha perna no seu quadril, enquanto aperta a minha bunda de mão aberta de encontro ao seu sexo.
Donovan estava com ciúme de mim. O mesmo Donovan que não fez nada para se aproximar nos últimos dias, o mesmo homem que me vê apenas como uma obrigação, porque estou grávida. Mas ele me quer. Ele vai me enlouquecer.
— Donovan, por favor. Pense bem no que está fazendo. O Fernando, ele... ele... — O moreno volta a me beijar, e não separa os nossos lábios até que seja inevitável.
— Você não vai falar de outro homem enquanto estiver nos meus braços, garota. Está me entendendo? —Pergunta enquanto me segura com firmeza e mordisca o meu lábio inferior.
Eu preciso sair daqui.
Não posso ceder...
— Não, eu não vou falar... — digo entre gemidos, cedendo, louca para arrancar as nossas roupas e acabar com a agonia de desejo, que nunca deixou de existir, mesmo quando queria apenas sentir raiva. Acabar com tudo, aqui mesmo no sofá, como fizemos tantas vezes antes.
Independente do que eu esteja sentindo, basta um toque seu para que tudo suma da minha mente. O meu corpo ainda não aprendeu a resistir ao homem que o despertou.
— Donovan, por favor... Faz tanto tempo... — Quando ele enfia a mão entre as minhas pernas, as suas palavras vêm na minha mente, então, ofegante de desejo, o empurro para longe de mim.
Escapo o lado oposto da porta, o que é um erro, porque fico mais longe de fugir das minhas fraquezas. Vejo que está tão confuso e frustrado quanto eu, depois de termos sucumbido por breves instantes. Quando estamos juntos, as barreiras de proteção que nos repelem deixam de existir.
— Isso não deveria ter acontecido — digo, mas sinto a necessidade de completar —, não dessa forma.
— E de que outra forma seria, Sofia? — ele questiona, e volta a se aproximar. Dessa vez, não faço nada para o afastar. — Todos os dias digo a mim mesmo que é melhor mantermos as coisas como estão, porque uma relação entre a gente me faria ficar cada dia mais doido por você, mais dependente. E tudo isso para quê? Para que seja tirada de mim em seguida?
— Donovan, eu...
— Deixe-me terminar, por favor? Preciso fazer isso — ele implora até com o olhar, eu apenas aceno em concordância. — Mesmo que os seus sentimentos por mim não sejam os mesmos que sinto por você, e acredite, por mais que tenha errado, eles estão aqui — aponta para o peito —, eu queria poder ser o homem que não se conforma, que faria de tudo para provar que os meus sentimentos são reais. O homem que imploraria de joelhos pelo seu perdão.
"Mas assim como sinto saudade de você e resisto todos os dias a vontade de te procurar, sou um homem cheio de traumas e feridas, que sabe que o amor também é sobre dor e perdas. E eu não suportaria te amar e te perder em seguida, Sofia. Eu não suportaria."
As suas palavras, ao mesmo tempo que são lindas, também são tristes, porque, se eu não estiver entendendo tudo errado, Donovan está abrindo mão de qualquer chance que possa ter comigo. E eu, por mais que esteja magoada, não pensei que...
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O bebê do viúvo (COMPLETO NA AMAZON)
Romantizm"Ele faz com que eu me sinta indefesa. Tudo nele me afasta. Tudo me atrai" Tendo nascido com um problema na perna que torna a sua vida mais difícil, Sofia se vê obrigada a ir morar com a tia e as primas quando perde seu pai, a única pessoa que a ama...