vinte e um

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Louis andava como um pinguim para dentro da cozinha, apoiando sua barriga de seis meses de forma segura, ele chiava com a sensação do frio no piso, já que ele não tinha hábito de usar meias.

Estava escuro, então Louis caminhou cegamente até a geladeira sentindo o balcão com os assentos em seu caminho. Ele sorriu quando suas mãos entraram em contato com o corpo metálico e frio. Abriu o freezer e puxou o pote de sorvete para fora o mais silenciosamente possível.

Tudo parecia dez vezes mais alto quando Louis tentava ser o mais quieto como um ninja e na pressa de fechar o freezer rápido e seguir em frente para pegar uma colher, ele acabou deixando cair o grande pote de sorvete por todo o chão.

Normalmente, Louis teria suspirado e se irritado com a bagunça que fez tentando ser quieto, mas ao invés disso ele sentiu as lágrimas escorrendo no rosto e logo ele estava sentado no chão chorando com o rosto escondido entre as mãos.

“Louis?” ele ouviu uma voz grogue e fraca enquanto olhava fungando e limpando o nariz com a manga de seu (na verdade de Harry) suéter.

“Sinto muito!” Louis chorou quando viu as luzes sendo ligadas e Harry entrando em seu ponto de vista, olhando tão sonolento como sempre.

Harry rapidamente se move em direção a Louis e se senta ao lado do menino o abraçando com força. “Por que você está se desculpando, amor?” ele perguntou em um murmuro para Louis que não parava de chorar.

“Por que eu fiz uma bagunça!” Louis fungou contra o peito de Harry molhando a velha camisa do homem com suas lágrimas quentes. “Eu estava com fome e queria sorvete, então eu vim tirar do pote o mais quieto possível, mas eu fui barulhento e, de repente, deixei cair do chão!”

Harry riu, “Ah, meu bebê Boo, não há nada para se desculpar, amor. Foi apenas um acidente, você não deixou cair de propósito.” Harry falou acariciando o cabelo de Louis enquanto sua outra esfregava a barriga do homem grávido.

“Mas eu deixei cair e fiz uma bagunça e-” Louis fungou de novo. “E eu ainda te acordei.”

“Você não me acordou, amor, eu levantei para usar o banheiro.” Harry respondeu, o que era uma meia verdade, Louis tinha acordado ele, mas não por causa do choro ou por ter deixado o sorvete cair, mas sim por ter deixado a cama e saído de seu abraço.

“Você não vai me largar agora, então?” Louis olhou para cima, os olhos inchados e vermelhos enquanto seu lábio inferior tremia. Ele se parecia com o Louis de 16 anos de idade de novo.

“O que? Não.” Harry riu bicando a testa de Louis. “Por que você acha que eu iria te largar?”

“Porque eu estava chorando e arruinei todo o sorvete, você não me ama!” Louis soluçou novamente.

“Oh não, Lou, por que você sempre acha que eu não te amo?” Eu te amo tanto, tanto, tanto. Você é meu amorzinho agora, não é? Eu nunca deixei de te amar e nunca irei.”

“Promete?”

“Prometo.” Harry respondeu de volta. E isso não funcionou? Louis estava sorrindo como seu próprio raio de sol dentro de segundos.

“Vamos para cama, sim?” Harry perguntou com um ligeiro bocejo escapando de seus lábios. Era uma e quinze da manhã quando Harry tinha saído do quarto para procurar Louis e ele estava muito cansado.

“Mas eu estou com fome.” Louis corou.

“Ah, com fome, não é?” Agora, não podemos ignorar isso, podemos? Parece que a nossa pequena xícara de chá aí dentro está deixando seu pai realmente com fome.” Harry murmurou fazendo cócegas na barriga de Louis ganhando risadas do garoto e um chute de resposta do bebê. “Me diga o que você quer comer.”

workaholic ∗ larry mpreg (portuguese version)Onde histórias criam vida. Descubra agora