livro 4° - Seu Pedacinho - In The Sky

Despertando

Janine

Acordei ouvindo um barulho de bip bip, e me deparo com Erick no meu quarto, percebo que não tenho o peso da barriga, então fico desesperada.

- Erick. - falo e ele se aproxima.

- Oi pequena.

- Cadê meus filhos, e os perdi. - Pergunto com a voz embargada e o coração aflito.

- Não, está tudo bem com eles, eles nasceram saudáveis, mas só um momento que eu vou chamar o médico. - Erick fala me deixando mais aliviada, então o doutor vem me examina e depois eu recebo a visita dos meus avós, meus tios e do meu irmão, estou chorando quando a porta do meu quarto abre, e papai entrar, e meu coração começa a acelerar.

- Papai. - falo com a voz embargada.

- Minha pequena. - meu pai fala, e ele vem me abraçar, e eu começo a chorar, e então eu faço a pergunta crucial que estava evitando até agora.

- Papai, e a mamãe. - pergunto e papai solta um soluço.

- Minha filha, infelizmente sua mãe não resistiu. - papai anuncia e meu mundo cai, e soluço de tanto chorar, o barulho da máquina começa a aumentar, tudo vai se apagando, vejo o médico entrando no quarto e tudo se apaga.

Depois de alguns horas eu acordo e vejo meu pai, está deitado ao meu lado, com a cabeça encostada na minha cama, então eu passo mão no seu cabelo e ele vai despertando.

- Minha filha você acordou, que susto você me deu. - fala papai após despertar.

- O que aconteceu. - pergunto.

- Você teve uma parada cardíaca, mas o médico conseguiu te reanimar, foram horas de desespero. - fala papai com lágrimas nos olhos.

- Estou dormindo a quantas horas.

- A dois dias. - papai me responde me deixando surpresa.

- Papai eu quero ver meus filhos.

- Eles estão na incubadora, eles precisam ganhar um pouco de peso, vou ver com o médico se você pode ir até lá. - então papai fala com o médico e ele me libera para eu conhecer meus filhos, papai me coloca em uma cadeira de rodas e me leva para onde meus bebês estão, chegando lá avisto a Kath, e ela vem me abraçar e eu começo a chorar em seus braços, e logo depois me recomponho e vou conhecer meus filhos, e eu fico tão feliz, eles são tão pequeninhos, eles são a cópia do Vitor, sem tirar nem por, eu fico totalmente encantada com meus filhos, eles são bem branquinhos, bem pouquinho cabelo com fios loiros, seus olhos são bem azuis, iguais aos do Vitor, nariz, boca, olhar, até a mão é igual a do Vitor.

Eu fico tão encantada com meus bebês, depois de um tempo com meus filhos eu volto para meu quarto, e papai está comigo.

- O que aconteceu. - pergunto e papai me conta tudo, e meu coração despedaça.

- Meu Deus papai, eu pensei que era um assalto, mas é bem pior do quê eu imaginei. - comento triste.

- Sim minha filha.

- E a moça como está.

- Fisicamente ela está se recuperando, mas emocionalmente, ela está destruída. - fala papai

- Papai e a Adala e sua mãe.

- Adala não resistiu.

- Meu Deus papai. - fala triste pelo meu irmão, pelo seu pai.

- E a mãe dela.

- Ela está estável agora, também foi descoberto que ela estava grávida e graças a Deus conseguiram salvar o bebê.

- Meu Deus sério, uma notícia boa e meio ao inferno. - respondo e papai concorda. - Amanhã vou visitar ela, e a vendedora. - prossigo e papai concorda.

- Eu nem pude me despedi da mamãe, foi tão desesperador quando vi, mamãe caindo no chão, eu tentei fazer algo, mas logo eu fui atingida.

Falo para papai, então ele se aproxima e me abraça.

- Eu te amo tanto minha filha.

- Eu também te amo papai, está sendo tão difícil. - comento entre lágrimas e papai me abraça.

No outro dia eu vou visitar a mãe nada Adala, e depois a vendedora seu nome é Katina, ela está abalada, ela se sente mal, por tudo o que aconteceu, eu conversei com ela, falei que ela não tinha culpa de nada, mas sim o psicopata que estava com a armar.

Depois de 20 dias internada, eu e meus bebês recebemos alta do hospital.