• Capítulo 2

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- Entre, Mateus. - Desperto, ao ouvir mamãe conversando com Mateus lá embaixo.

O que ele está fazendo aqui às seis horas da manhã? Me pergunto. Talvez, tenha vindo me esperar para irmos até a escola juntos.
Levanto da cama e vou em direção ao banheiro, quando esbarro com mamãe no corredor.

- Ah, querida, Mateus está te esperando lá embaixo. Disse que iria te acompanhar até a escola hoje - Ela diz e sorri. Ela nem sequer disfarça: ela sabe que somos apenas melhores amigos, mas não nos vê assim. Bom, eu também não vejo, mas Mateus sim. Por isso, prefiro continuar ignorando meus sentimentos. Não quero me magoar, muito menos estragar a nossa amizade.

- Tudo bem, vou só me arrumar. - Digo, apressando os passos até o banheiro.

Tomo banho, escovo os dentes, visto meu uniforme e vou lá para baixo.
Mateus está na mesa com mamãe e Milena. Eles estão todos rindo alto, provavelmente foi alguma das piadas bobas de Mateus. Dou um abraço em Milena e Mateus e me junto a eles no café da manhã.

Ao terminarmos, eu e Mateus nos apressamos, não podemos nos atrasar para a aula.

- Então, por que resolveu me acompanhar até a escola do nada? - Pergunto.

- Você não foi à praça ontem. Estava preocupado e fui até sua casa ver se estava tudo bem. - Ele diz, enquanto para de caminhar, ficando em minha frente.

Ele me encara por alguns segundos. Seus olhos declaram sua preocupação. Sinto que ele tem algo para me contar, mas apenas ignoro.

- Preocupado? Mas eu te mandei mensagem avisando que não daria para ir. - Digo, tirando meu celular do bolso e mostrando a ele a mensagem. - Droga! Não enviou. Talvez tenha ficado sem internet no momento em que entrei no carro, e isso fez com que a mensagem não chegasse para você.

- Tudo bem. - Ele diz.

Ok! Ele definitivamente não está bem. Mateus está muito estranho: ele não iria até minha casa só por eu não ter ido até a praça. Ele diz que está tudo bem, mas seu olhar o entrega. Quando vou perguntar o motivo de ele estar tão estranho, acabo perguntando outra coisa, sem nem mesmo perceber, e isso me irrita.

- O que queria na praça ontem?

- Nada, só ver minha melhor amiga. - ele diz, sorrindo. - Não posso?

- Pode. - Digo, séria. Desta vez, ele percebeu minha preocupação, mas não fez nada.

- Então vamos, Cenoura. Não podemos nos atrasar. - Ele diz, sorrindo.

Sorrio de volta, o empurrando levemente para o lado. Ele envolve seu braço em meus ombros, e andamos até a escola, calados, pelo resto do caminho.

 Ele envolve seu braço em meus ombros, e andamos até a escola, calados, pelo resto do caminho

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Quando chego em casa, subo correndo para o meu quarto. Vou em direção ao computador, checando meu email.

Este ano, eu e Mateus nos matriculamos em uma agência de intercâmbio. Desde então, checo meu email todos os dias, ansiosa por uma resposta. Porém, como o de sempre, nada. Nenhum retorno.

Pego meu celular e envio uma mensagem para Mateus.

Sua resposta só me confirma a ideia de que tem algo errado com Mateus

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Sua resposta só me confirma a ideia de que tem algo errado com Mateus. Se fosse outra pessoa, eu diria que sua resposta não foi nada demais. Mas, Mateus não fala assim. Não comigo.

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