16-"To find it looks so small"

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Quando eu era criança, costumava pensar que "quando fosse adulta, outros adultos me respeitariam" e por partes, estava certa.  No geral eu tenho sim o respeito das pessoas, mas de quem eu mais queria parece que não conquistei, vulgo meus pais.

Meu pai sempre foi incrível comigo mas sempre me viu como sua garotinha  infantil e frágil o que as vezes me estressava; já minha mãe sempre me incentivava no que quer que vá fazer e eu só não digo que perfeita porque eu sempre fui importante pra ela, só não quando o assunto é trabalho.

Quando estava na cerca dos meus 16 anos, minha mãe começou a querer que eu participasse de algumas reuniões informais que ela tinha com sócios de sua empresa. Devido ao meu total desinteresse nessas reuniões e  meu estilo que segundo ela era "totalmente inaceitável e inapropriavel para as ocasiões" a mesma parou de me obrigar  a ir nesses locais.

Agora, de dois anos pra cá e com minha mudança de estilo, a mesma voltava a pedir minha presença em alguns jantares. Eu sempre vou porquê me esforço para que em algum momento ela passe "a valorizar" a mim como valoriza sua empresa.

Aos seus 17 anos, minha mãe começava sua faculdade de administração e mal a começou e fundou sua própria empresa; "The most beautiful days with Russel" sua própria linha de cosméticos, mais conhecida como  "Beautiful D.W.R." eu particularmente acho horrível mas né.  Durante a faculdade conheceu meu pai, e no seu último ano se casaram e ela engravidou de mim. Ela sempre  cuidou muito de mim mas com a empresa em primeiro lugar, claro.

Por quê estar falando disso agora não é? Bom, plena segunda anoite, depois de um dia mega cansativo de faculdade,  minha mãe, que nunca vem até Seattle para me ver, agora está aqui por um jantar que  iria convencer um fashionista a fazer parceria com sua marca.  Então cá estamos, esse possível filiado a marcar,  minha mãe, o  diretor do setor de publicidade da empresa, um dos chefes do setor de criação de produtos e eu, claro.

Desde que chegamos, o tal fashionista Ander D'ucky  me olhou um pouco estranho, acho que não gostou de que eu tenha vindo já que não faço parte da empresa mas tenho apenas ignorado.   E agora estou aqui com todos esses pensamentos ignorando totalmente  essa conversa tediosa em que se encontra.

Estava apenas olhando para uma mesa do restaurante de frente a nossa que tinha um jovem casal e tomando um gole do meu vinho quando  sinto uma mão forte e grande tocar minha coxa direita. Na mesma hora me arrepio pela surpresa e olho pro meu lado vendo o dono dessa mão, o Sr D'ucky. O mesmo ia subindo sua mão para minha intimidade aos poucos enquanto falava com minha mãe e eu não sabia se ficava assustada ou se queria dar um piti e simplesmente lhe expor de uma vez só.

Quando sua mão chega a minha virilha, me levanto bruscamente me afastando e todos da mesa me olham.

-Com licença, preciso ir ao toalete. -digo ainda meio perplexa com a situação, pego minha bolsa e sigo para o banheiro.

Ao chegar no banheiro coloco minha bolsa sob a pia e me observo diante do espelho olhando em meus próprios olhos e aliso minha franja colocando-a atrás de minha orelha.

"O pior já passou" repito para mim mesma mentalmente tentando não surtar. A verdade é que minha vontade era surtar e contar tudo naquela mesa agora mesmo para depois poder me sentir fraca e impotente   mas não posso ou vou ser a própria decepção da minha mãe.

The Choice Of My HeartOnde histórias criam vida. Descubra agora