[8] O Vilarejo - Parte 1

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Capítulo anterior: Wooyoung e San
chegaram a um bem comum sobre a
forma de treinamento.

⚔️

San

Após o longo trajeto percorrido
durante semanas, nós estavamos quase chegando na fronteira do Império Chinês. Dentro de alguns dias, já estaríamos ingressando nas terras do país central.

O medo e ansiedade cresce em meu
coração a cada milha que percorremos.

Havia meses desde a última vez que
estive na Coréia, muita coisa deve ter
mudado.

Meu pai deve estar furioso com minha fuga e eu espero que aquele Tenente asqueroso não esteja por perto, ou melhor, não esteja mais entre o mundo dos vivos.

– Está preocupado ? – Wooyoung me
perguntou.

– Quando meu pai souber que voltei não acho que ele vai aceitar livremente, mesmo que eu esteja marcado.

– Ele vai ter que aceitar, querendo ou
não.

– Você não pretende matá-lo, não é ?

O tom que Wooyoung utilizou me deixou bastante inquieto. Ele demorou um pouco para me responder, o que aumentou ainda mais minha preocupação.

– Não vou matar seu pai. – Ele afirmou, mas eu não senti firmeza em suas palavras. E para piorar, ele ainda
concluiu: – Mas posso mudar de ideia se ele se tornar uma ameaça.

– Ele não vai. Meu pai pode ser
qualquer coisa, mas ele só quer a minha felicidade e do meu irmão. Eu vou conversar com ele, e ele há de entender.

Sei que minhas palavras também não
foram muito convincentes. Wooyoung é do tipo que precisa ver para crer. Então vou mostrar a ele que podemos viver em paz sim, e que meu pai não fará nada para me prejudicar.

A diligência foi diminuindo a
velocidade aos poucos até parar
definitivamente. Eu afastei a cortina
da janela e vi algumas pequenas
construções velhas e casas modestas,
bastante desgastadas.

Tudo era cercado por montanhas e
muitas árvores, porém, todas estavam
secas, com uma aparência morta.

– Parece um bom lugar para descanso.
– Chanyeol afirmou quando todos
descemos da carruagem. – Não há
insetos ou cobras entrando em nossas
barracas.

– Uma cobra entrou na sua barraca ? –
eu perguntei assustado.

– Duas. Se tornaram a nossa refeição
naquela noite.

– Você está falando sério ? – eu
perguntei, mas Chanyeol não ouviu e
apenas saiu caminhando em direção ao pequeno vilarejo. Wooyoung permaneceu ao meu lado mexendo em suas armas no cinto. Eu virei para ele: – Ele está brincando, não é ?

Wooyoung me olhou hesitante, e
respondeu: – Claro. – ele sorriu e segurou na minha mão. – Vamos?

Eu sorri de volta e nós seguimos o outro alfa juntos. Preciso me lembrar de nunca mais comer nada que foi feito pelas mãos de Chanyeol.

Ainda nem chegamos a entrar em um
estabelecimento, e alguns moradores já se aproximaram para nos receber, com muita simpatia e sorrisos.

– Sejam bem vindos! – uma senhora nos saudou. – Estão vindo de uma longa viagem, eu estou certa ?

– Sim. – eu assenti sorridente e senti um leve aperto na minha mão. Olhei para Wooyoung sem entender e ele apenas sorriu para mim.

Eu sei que por trás daquele sorriso
estava algum aviso. Talvez eu devesse
ficar calado...

𝙷𝚞𝚗𝚝𝚎𝚛𝚜 - 𝚆𝚘𝚘𝚜𝚊𝚗 (𝙰𝙱𝙾)Onde histórias criam vida. Descubra agora