A SORTE DE TE ENCONTRAR

O Evento - parte 2

Peço licença para o Rafael e a Karen, que nem deram atenção já que não param de conversar sobre os anos de faculdade.

Subo as escadas ainda um pouco tonta, acho que bebi demais, mas antes de entrar na sala avisto um casal se beijando na varanda do prédio, se estivesse sóbria podia jurar que é a Paulina e o Vicente, fico sem conseguir entender, se estiver certa e forem eles, como ela estava tentando reconquistar o Rafael, não querendo dar o divórcio, fazendo eu me afastar e agora está no maior amasso com o Vicente, que por sinal ainda é casado.

Viro ainda sem conseguir acreditar no que estava vendo, percebo  o Rafael vindo em minha direção, não posso permitir que ele veja os dois ali e se ele não souber? e se tiver uma briga? o evento não podia terminar assim!

-Ah, que bom que você está aqui, pode me ajudar ?. Falo tentando desviar a atenção dele.

-Claro, como ?

-Vem comigo. Falo enquanto puxo pelo braço e o levo para a sala de depósito, que fica no final do corredor.

-Ok, me leva . Ele vem cambaleando um pouco, depois de ter bebido tanto, já era de esperar.

-Você pode ajudar ...a pegar as baterias e aquilo ali..? Aponto para uma caixa que nem sabia o que tinha mas era a desculpa perfeita para ele  ajudar.

-Pronto, aqui está, precisa de mais alguma coisa? Ele fala me entregando a caixa e se aproxima da porta fazendo sinal para sair.

-Você já vai ? Sua amiga não pode esperar? Falo irritada por perceber que ele estava com pressa para me deixar.

-Pensei que você queria ajuda... para voltar mais rápido, para ficar com o Salvador. Ele fala em tom de deboche.

-Não estou com o Salvador.

-E aquilo que vi mais cedo?  Ele entrou novamente e se encostou na estante.

-Aquilo não foi nada…, ele é um babaca que não entende que não sinto nada por ele...

-Hum … e por mim, você sente?

Ele fala, encarando meus olhos, nem percebi que estava tão próximo, meu coração começou a ficar acelerado.

-Rafael…

Falo tentando evitar, mas a vontade de não evitar é ainda maior, me aproximo, passo minha mãos em sua nuca, ele me puxa para mais perto, deixando uma mão em minha cintura e outra passa em meu cabelo, que saudade que estava de sentir ele tão perto.

Me encosta na estante, seus lábios se aproximam do meu e eu permito que me beije, começamos com um beijo calmo, mas que vai se tornando cada vez mais intenso, sinto o quanto me deseja, suas mãos passam pelo meu corpo, começa a beijar meu pescoço e vai até minha orelha, me fazendo dar um leve gemido.

-Preciso de você. Ele fala ofegante.

-Eu também…mas não podemos. Respondo, sentindo todo o prazer que está com ele remete ao meu corpo.

- Vamos aproveitar esse momento...por favor. Fala encarando meus olhos.

- Não podemos…

Falo ainda ofegante, mas minhas atitudes são totalmente o oposto do que falei, não resisto a aqueles olhos me encarando, agarro ele novamente e começamos a nos beijar intensamente.

Sinto a mão dele descer até embaixo do meu vestido e seus dedos se movimentarem no meu íntimo, me fazendo gemer ainda mais, ele continua me beijando intensamente, me levando a loucura.

Ficando cada vez mais excitado , começo a abrir o zíper da calça, enquanto beija meu pescoço. Ele me encosta ainda mais, fazendo eu abrir minhas pernas, sinto ele entrar e começar os movimentos e mais movimento, me fazendo delirar de prazer.

Por um instante não importava se iam nos encontrar, se iam nos ouvir, éramos só nós, ouvindo nossas respirações, nossos gemidos e o som do evento de fundo. Não sei se era o efeito do álcool que corria em nossas veias ou se era o tesão acumulado de dias separados um do outro.