"Já ouviu falar em identidade falsa?"

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- A gente vai demorar lá? - Perguntei vendo um posto com uma loja de conveniência nos fundos.

- Você que sabe. - Ele disse sorrindo malicioso e eu ri.

- Para na próxima lojinha. - Assim ele fez. Justin parou o carro na frente de uma.

- Quero doce! - Disse saindo do carro e entrelaçando nossas mãos.

- E eu quero salgadinho.

- Ah! Temos que levar coca cola também!

- Você ainda vai me levar à falência.

- Você trabalha?

- Não. - Ele disse rindo fraco.

- Você tem contas pra pagar?

- Não.

- Ganha mesada?

- Lógico.

- Então pronto. Vai gastar o dinheiro com o que?

- Aí você gasta por mim. - Sorri e ele me selou.

- Ahn... Jenny, a coca não vai esquentar?

- E daí? - Parei na frente dos doces pra escolher um.

- Vai dar dor de barriga. - Olhei pra ele.

- A gente tem que levar algo pra beber ué. - Ele se aproximou de mim.

- Já ouviu falar em identidade falsa? - Rimos fraco.

- Não tá falando sério...

- E por que não? - Ele disse rindo e indo até a parte das bebidas. Escolhi umas balas azedinhas, duas barras de chocolate e vários bombons. Fui até a parte de bebidas atrás do Justin.

- Vai querer o que de salgado?

- Torta.

- De limão?

- Pode ser. Ah, pega uma de morango também.

- Vai demorar aqui?

- Não. Vai pegando lá que eu vou pro caixa. - Dei de ombros indo escolher as tortas.

(...)

- Preciso do RG que comprova que você é maior de idade. - Eu já estava do lado de fora da loja quando escutei o cara do caixa falar isso pro Justin. Ele pegou algo na carteira e entregou pro homem. - Mais alguma coisa?

- Não, obrigado. - O homem passou as coisas normalmente e ele saiu da loja, vindo à minha direção. - Vamos? - Assenti.

- Eu quase tive um troço quando ele pediu seu RG. - Disse já dentro do carro.

- Sério? Não é a primeira vez que faço isso.

- Imagino.

- Quer levar alguma coisa pra gente sentar, deitar, sei lá?

- É melhor né? - Ele assentiu. Um tempo depois paramos na frente da casa dele.

- Me espera aqui ou quer entrar?

- Eu espero. E Jus? - Chamei quando ele já estava na metade do caminho. - Não esquece da... - Vi meu vô saindo de casa. - Da coisa lá.

- Da camisinha? - Ele falou mais alto e eu apontei irritada pra porta da casa dos meus avôs. Ele entrou se escondendo dentro de casa e eu quase me escondendo dentro do carro também. Ele saiu uns minutos depois com um edredom.

- Foi mal.

- Achei que ele tinha escutado.

- Ainda bem que não. Não quero problemas com o seu avô. - Ri fraco.

I Hate You {TERMINADA}Onde histórias criam vida. Descubra agora