• Sentimentos •

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Anteriormente...

— Eu sou infantil? Okay, talvez eu seja mesmo. Tenha uma ótima noite Choi. — Sorriu amargo indo a passos rápidos até a saída.

— Wooyoung! — Me levantei rápido, mas ele fechou a porta antes que eu pudesse lhe impedir.

Wooyoung — Point of View

Assim que fechei a porta do quarto, agarrei com força a alça de minha mochila e saí correndo pelas escadas, minha visão estava embaçada graças as lágrimas que ameaçavam cair há qualquer momento. Corri para fora do prédio até chegar no dormitório de Yeosang, esse que ficava mais afastado, perto do prédio de psicologia.

Eu tô exausto disso, eu amo muito o San, mas não consigo mais ignorar todas as vezes que ele simplesmente sai cedo e não me fala para onde, quando ele põe os amigos dele acima do nosso relacionamento. Porra, eu sou o namorado dele, no mínimo eu deveria saber seus motivos para fazer isso ou receber satisfação de onde ele está.

Depois daquela ameaça eu já estava preocupado, Heeseung queria me matar, mas o que poderia me garantir que ele não iria atrás do San? Se eu o perdesse eu nem sei o que seria capaz de fazer.

Estamos juntos desde o ensino médio, pra mim, ele sempre foi meu porto seguro, aquele que me fazia sorrir mesmo quando o mundo parecia estar desabando sobre meus ombros, que me dava carinho quando eu precisava e me acolhia.

Mas o que restou de nós hoje? Brigamos por qualquer coisinha, ele esconde coisas sérias, quando estamos juntos não é mais como antes. Sexo não é mais amor, apenas desejo carnal... esses pensamentos me fazem questionar se realmente deveríamos ficar juntos.

Parece que tudo que tivemos estava por um fio de chegar ao fim.

Bati na porta de Yeosang e assim que foi aberta pelo Kang eu desabei em seus braços sendo acolhido por ele. Apesar de parecer confuso não me perguntou nada, apenas me abraçou me permitindo molhar sua camiseta branca com minhas lágrimas.

Eu odiava me sentir vulnerável, me sentia como uma criança tola que não conseguia lidar com os problemas que eu tinha. Era como se em qualquer momento eu pudesse ser partido em mil pedaços e seria eu que teria que pegar um a um e juntá-los novamente.

O loiro me levou a passos lentos para dentro de seu quarto com um pouco de dificuldade, fechou a porta fazendo o mínimo de barulho e assim ficamos, em pé abraçados enquanto eu chorava até desidratar.

Me afastei aos poucos de seu peito vendo sua camisa, antes branca, quase transparente colada em seu corpo. Subi meu olhar para seus olhos e ele parecia preocupado.

— Está melhor? — Perguntou doce limpando com seus dedos uma lágrima solitária que escorria por minha bochecha. Assenti e ele segurou minha mão com delicadeza me conduzindo até sua cama para que eu me sentasse ali e ele fez o mesmo. — Quer falar sobre...? — Perguntou com cautela e engoli seco.

— Eu e San brigamos. — Respondi baixinho abaixando a cabeça.

— Sinto muito. — Deslizou seus dedos sobre minhas mãos. — Quer que eu chame o Hongjoong hyung pra fazermos uma noite do pijama? Podemos comer sorvete e ver séries, assim você se distrai um pouco. — Sorriu fraco segurando minha bochecha com sua mão.

— Obrigado Yeo. — Me ajoelhei sobre o colchão o abraçando ouvindo um breve resmungo de dor e soltei apenas para abraçá-lo de uma forma que eu não machucasse seu braço.

Senti seus braços me rodearem e senti meu coração saltar no peito, não entendi o porquê, mas era algo tão bom.

Voltei a me sentar na cama e o vi digitar rapidamente – mesmo com seu braço enfaixado – em seu celular.

Mistakes | Seongjoong (Slow)Onde histórias criam vida. Descubra agora