A CAÇADORA

Capítulo 1

Estou sentada em uma mesa no fundo do refeitório. Há muitas pessoas ao meu redor, algumas comendo outras jogando conversa fora com os amigos. Gosto de observá-las e imaginar como seria ter uma vida normal, já que a minha, está longe disso.

Meu celular toca, minha mãe está me ligando.

- Onde você está Hannah?- Ela pergunta furiosa.

- No refeitório da faculdade, não sei por que está me perguntando isso já que já sabe.

- E também não sei o por que você está na faculdade sendo que deveria estar em casa comemorando seu aniversário comigo.

- Não gosto de comemorar meu aniversário, sabe disso mais que ninguém.

- Hannah, combinamos que hoje você deveria ficar em casa para comemorar isso...

- Hum, não me lembro de ter combinado nada.

Ela respira fundo do outro lado da linha.

- Eu te dou apenas dez minutos para vir para casa.

Ela desliga.

Bom, hoje eu faço dezoito anos. Minha mãe nunca fez questão alguma de comemorar meu aniversário antes, principalmente por não me interessar por festas ou algo do tipo, mas por algum motivo ela quis que comemorássemos este. Deve ser por que cheguei a maioridade e estou perto de herdar a máfia, pra ser mais precisa, quando eu fizer vinte anos eu herdarei a maior máfia dos Estados Unidos.

Me levanto da mesa e sigo pelos corredores até chegar na porta da Universidade onde um carro preto já me espera. E depois de alguns minutos já estou na porta da minha casa.

Minha casa é uma mansão. Todos em Los Angeles a consideram como a maior mansão da cidade, mas eles não sabem que seus moradores são donos de uma Máfia, na verdade, eles pensam que somos donos da maioria dos cassinos e boates dos Estados Unidos e algumas outras no exterior.

Assim que abro as portas francesas me deparo com minha mãe com um semblante nada bom.

- Eu não disse que a queria em casa hoje?

- Não sei por que faz tanta questão disso, nós nunca comemoramos. Por que seria diferente desta vez?

Ela suspira.

- Tem uma coisa da qual você precisa saber.

- E o que seria?

- É sobre a história da nossa família.

- Mãe, eu já sei essa história de traz pra frente. Não há nada que eu precise saber.

- Acredite, há muita coisa. Vem comigo.

Ela me puxa pelo braço e me leva até seu escritório, depois que entramos ela tranca a porta e vai em direção a uma estante de livros, onde tira todos os livros de uma prateleira deixando a mostra um leitor de íris. Ela se aproxima e assim que o leitor entra em contato com seu olho, uma porta é aberta atrás de sua mesa.

Me aproximo e me deparo com um corredor escuro. Vou andando lentamente através dele até chegar a uma enorme sala. Minha mãe que estava logo atrás de mim anda em direção a um lugar acendendo a luz, possibilitando a minha visão.

Aquele lugar era como um museu, havia vários quadros e livros antigos espalhados pelo cômodo. Mas uma coisa me chamou atenção, havia um quadro em destaque de uma moça, jovem e bonita. Seus cabelos eram cacheados de cor castanho, e seu semblante era similar ao meu.

Me aproximo um pouco e vejo um nome gravado na moldura do quadro. "Anneliese Ballard".

- Ela era uma deusa.