Capítulo 2

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Se passaram horas desde que descobri que sou a continuação da linhagem de caçadoras e a única coisa que consegui fazer foi ficar deitada olhando para o teto do meu quarto pensando em como pequenas coisas da minha vida que eu julgava estranho, fazem tanto sentido agora.

Nunca pude ter qualquer envolvimento na máfia. Claro, eu fico sabendo de tudo no que acontece a respeito mas nunca tomei nenhuma decisão. E minha mãe nunca se preocupou com que eu soubesse como usar uma arma ou que conseguisse me defender sozinha. Tudo porque eu veria algo estranho nisso.

Me levanto da cama e começo a me arrumar. Infelizmente daqui a algumas horas eu terei um evento apenas para a alta sociedade de Los Angeles.

Todo ano, apesar de não comemorar meu aniversario com minha mãe, eu faço uma festa como estratégia de marketing para nossa empresa de faixada, os cassinos e boates Ballard. Sempre convidamos os concorrentes e colaboradores, então o que para muitos parece ser uma celebração, na verdade, acaba se tornando uma guerra.

Depois de um banho, algumas garotas- Cabeleireiras e maquiadoras- Começam a fazer seu trabalho. Elas fazem uma maquiagem básica acompanhada por um penteado semi preso com enfeites em dourado que acabam dando destaque em meus cachos.

Assim que elas se retiram eu visto o meu vestido desenhado especialmente para essa ocasião. Ele é um tomara que caia não muito rodado da cor marsala. O mais interessante e o decote estilo fenda que se encontra nele. Pode fazer qualquer um babar por mim. Finalizando eu coloco um salto da cor dourada feito a mão na Grécia.

Saio do meu quarto faltando meia hora para a festa começar, e assim que chego na porta da mansão eu vejo Ethan com um smoking da mesma cor do meu vestido.

- O Booralro marsala lhe serviu bem- Comento me aproximando do carro.

- Booralro?

- Uma marca de ternos e smokings feitos a mão por um alfaiate italiano.

- Ah, era isso de que sua mãe estava falando quando provei...

- Ela deve ter te elogiado bastante. Não é todo dia que se encontra um rapaz com um corpo nas medidas padrão de todos os ternos.

- Ah- Diz sem graça.

- E é melhor se acostumar, vai usar muitos desse enquanto trabalhar pra gente. Vamos, não quero me atrasar.

Entramos no carro e logo, um silêncio perturbador se instala ali. Assim que começamos nossa pequena viajem sinto Ethan me encarar discretamente.

- Estudei um pouco sobre cada um dos convidados.

- Isso é bom. Vai precisar dessas informações.

- Diana Cooper, herdeira da empresa Golden Palace...

- Uma vaca- Comento.

- Hillary Stewart, presidente do Diamont Club, Carter Lewis, vice presidente.

- Colaboradores da vaca.

- Por que a odeia?

- A empresa dela é faixada como a minha, ela tem uma máfia que herdará aos vinte e um e acredite, não há palavras pra explicar o quão suja aquela mulher é.

- Tente.

- Eles fazem exploração de pessoas, prostituem mulheres a força, trabalham com assassinos de aluguel, sem falar da venda incessante de drogas por meios sujos.

- E o que muda pra sua máfia? Pelo que eu saiba todas são assim- Diz convencido.

- Nem todas, na minha todos trabalham porque querem, eles escolheram viver assim então não tenho nada a dizer a eles. Não trabalho com assassinos de aluguel por ser uma maneira bárbara de lucrar e eu não obrigo ninguém a colocar cocaína no cu pra poder levar pra outro país- Digo irritada.

A CAÇADORAOnde histórias criam vida. Descubra agora