Os pingos de chuva batiam contra a janela, os trovões eram barulhentos e os raios caiam e iluminavam a sala escura
O homem gritava ao telefone, em um ato de raiva, ele jogo o objeto contra a parede, vendo-o se reduzir a pedaços
E então o silêncio
Ele se senta na cadeira de seu escritório e deita o pescoço, passando a encarar o teto, o rosto vermelho de raiva, o ódio fluindo por seu corpo
Batidas na porta da frente ecoam por toda a casa, assim que a porta aparece uma figura com capa de chuva vermelha aparece, logo atrás, outra com uma capa parecida, porém dessa vez em tom azul
A mulher de capa vermelha tinha uma expressão abatida, olhos inchados, com certeza havia chorado
O homem de capa azul, rugas aparentes, uma expressão fechada e que transmitia ódio puro
Isso fez Adam sorrir, ele sabia exatamente quem eram aquelas pessoas e o que estavam fazendo ali
Eles os guia para seu escritório, a mulher assim que entra encara o objeto despedaçado no chão, se encolhe mais ainda e se senta em um sofá encostado na parede
O homem senta na cadeira em frente a mesa de Adam, os dois trocam olhares e depois sorrisos perversos
- Então você realmente veio - diz Adam desfazendo o silêncio presente - achei que desistiria, o garoto é seu filho, oque você ganharia com isso?
- Nada, eu me livraria do fardo de te-lo como filho - diz o homem encarando Adam com um sorriso de lado, essa fala fez com que a mulher soltasse um soluço involuntário, voltando a chorar baixinho após receber um olhar do marido - Aquele garoto só me deu prejuízo, um garoto que não servia para nada, nem para morrer na verdade - finalizou sua fala com uma risada amarga
- Então vamos ajuda-lo com isso, se ele não é capaz de morrer sozinho, vamos ajudar o probre garoto - diz Adam fazendo com que o homem o acampanhe com uma risada
Adam levanta e serve ao homem uma dose de bebida, eles brindam e bebem, sentindo o álcool descer queimando suas gargantas
Eles riem e apertam as mãos um do outro, a mulher observa a cena sentindo uma culpa sem tamanho
Ela amava o filho e havia sido forçada a estar ali e concordar com aquilo
Doia, tudo estava doendo
Seu corpo doia pelos murros e tapas que havia levado de seu marido após discordar da decisão de ajudar Adam, a culpa doia, ver aqueles homens planejando matar seu filho e os outros garotos e não poder impedir
Seu garotinho, que ela viu crescer, viu se desvolver, viu sofrer, viu chorar e não querer mais viver
Mas dessa vez era diferente, ela senpre esteve la pelo garoto, dessa vez ela se sentia fraca e inútil
A decisão de internar o garoto no Hospital Wonderwood foi dela, livra-lo de viver com seu pai e ajuda-lo a melhorar, ela fez tudo que pode, mas foi fraca
O garoto e seus amigos morreriam nas mão de Adam e seu marido e ela não poderia fazer nada
Inútil, era assim que ela se referia à si mesma
Uma mulher fraca, inútil e machucada
Que abaixou sua cabeça para tudo, tapou seus ouvidos e fingiu não ver o buraco que estava entrando
Uma mulher, uma mãe, assustada e incapaz
Inútil
_________________________________________Desculpem pela vibe mais pesada,
Lembrando meninas e mulheres, a qualquer indício de violência denuncie, procura ajuda de pessoas em quem confia e que podem lhe ajudar
Não abaixem suas cabeças, vocês são mais fortes do que pensam,
Nós por nós, sempre
Amo vcs,
Autora🦋
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A GAROTA DO QUARTO 327 - AIDAN GALLAGHER
FanficOnde Ollivia Bumns, a única pessoa do Hospício Wonderwood com complexo de psicopatia, conhece Aidan Gallagher, um suicida com um irritante senso de humor. Oque irá acontecer quando esses dois adolescentes com problemas totalmente opostos começarem a...