Capítulo 7

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Os pingos de chuva batiam contra a janela, os trovões eram barulhentos e os raios caiam e iluminavam a sala escura

O homem gritava ao telefone, em um ato de raiva, ele jogo o objeto contra a parede, vendo-o se reduzir a pedaços

E então o silêncio

Ele se senta na cadeira de seu escritório e deita o pescoço, passando a encarar o teto, o rosto vermelho de raiva, o ódio fluindo por seu corpo

Batidas na porta da frente ecoam por toda a casa, assim que a porta aparece uma figura com capa de chuva vermelha aparece, logo atrás, outra com uma capa parecida, porém dessa vez em tom azul

A mulher de capa vermelha tinha uma expressão abatida, olhos inchados, com certeza havia chorado

O homem de capa azul, rugas aparentes, uma expressão fechada e que transmitia ódio puro

Isso fez Adam sorrir, ele sabia exatamente quem eram aquelas pessoas e o que estavam fazendo ali

Eles os guia para seu escritório, a mulher assim que entra encara o objeto despedaçado no chão, se encolhe mais ainda e se senta em um sofá encostado na parede

O homem senta na cadeira em frente a mesa de Adam, os dois trocam olhares e depois sorrisos perversos

- Então você realmente veio - diz Adam desfazendo o silêncio presente - achei que desistiria, o garoto é seu filho, oque você ganharia com isso?

- Nada, eu me livraria do fardo de te-lo como filho - diz o homem encarando Adam com um sorriso de lado, essa fala fez com que a mulher soltasse um soluço involuntário, voltando a chorar baixinho após receber um olhar do marido - Aquele garoto só me deu prejuízo, um garoto que não servia para nada, nem para morrer na verdade - finalizou sua fala com uma risada amarga

- Então vamos ajuda-lo com isso, se ele não é capaz de morrer sozinho, vamos ajudar o probre garoto - diz Adam fazendo com que o homem o acampanhe com uma risada

Adam levanta e serve ao homem uma dose de bebida, eles brindam e bebem, sentindo o álcool descer queimando suas gargantas

Eles riem e apertam as mãos um do outro, a mulher observa a cena sentindo uma culpa sem tamanho

Ela amava o filho e havia sido forçada a estar ali e concordar com aquilo

Doia, tudo estava doendo

Seu corpo doia pelos murros e tapas que havia levado de seu marido após discordar da decisão de ajudar Adam, a culpa doia, ver aqueles homens planejando matar seu filho e os outros garotos e não poder impedir

Seu garotinho, que ela viu crescer, viu se desvolver, viu sofrer, viu chorar e não querer mais viver

Mas dessa vez era diferente, ela senpre esteve la pelo garoto, dessa vez ela se sentia fraca e inútil

A decisão de internar o garoto no Hospital Wonderwood foi dela, livra-lo de viver com seu pai e ajuda-lo a melhorar, ela fez tudo que pode, mas foi fraca

O garoto e seus amigos morreriam nas mão de Adam e seu marido e ela não poderia fazer nada

Inútil, era assim que ela se referia à si mesma

Uma mulher fraca, inútil e machucada

Que abaixou sua cabeça para tudo, tapou seus ouvidos e fingiu não ver o buraco que estava entrando

Uma mulher, uma mãe, assustada e incapaz

Inútil
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Desculpem pela vibe mais pesada,

Lembrando meninas e mulheres, a qualquer indício de violência denuncie, procura ajuda de pessoas em quem confia e que podem lhe ajudar

Não abaixem suas cabeças, vocês são mais fortes do que pensam,

Nós por nós, sempre

Amo vcs,

Autora🦋

A GAROTA DO QUARTO 327 - AIDAN GALLAGHEROnde histórias criam vida. Descubra agora