Será que vou ter a minha liberdade de volta?... (narrativa)

Parte 2

Elise, ainda estava ao lado do corpo da mãe, com a luz vermelha ainda a emergir do seu corpo.

Até que a vizinha do lado entra, por onde estaria uma porta e fica chocada com a cena.

Assim acabando por denunciar Elise a alguns guardas da aldeia que ainda estavam vivos.

Estes guardas viajaram até há capital onde reportaram ao Rei o acontecimento, e este mandou de imediato que fossem há procura de Elise para a trazerem para o palácio real.

E assim Elise abandonou a sua aldeia, e foi forçada a ir para a capital onde se localizava o palácio real.

Lá ela foi interrogada na presença do rei. No fim do interrogatório, o Rei decidiu que Elise iria ficar no palácio, até ter uma reunião com o conselho de magos, e decidir o que aconteceria com a pequena Elise.

No primeiro mês, Elise descobriu, dentro do palácio, um pequeno jardim calmo e sossegado, por onde quase nunca ninguém passava.

Nesse jardim, haviam muitos Arquinhos e também uma flor bastante nostálgica, chamada Petúnia Night Sky, era a flor favorita da sua mãe.

Ao olhar para as pequenas e delicadas flores, lembrava-se da sua querida mãe, da sua voz doce, das músicas de embalar que a mesma lhe sussurrava quando não conseguia dormir, e de muito mais.

Assim, sentou-se ao lado das flores e começou a contar tudo o que tinha acontecido para as mesmas.

Estas tinham-se tornado um meio de Elise se "comunicar" e sentir que ainda tinha uma ligação com a mãe.

Na última semana do primeiro mês, Elise ao ir de encontro ao jardim, viu estava um menino, um pouco mais velho do que ela, a admirar as flores.

Ela decidiu aproximar-se dele, mas assim que fez isso o menino fugiu, e foi aí que ela se apercebeu que ele estava a chorar. 

No dia seguinte, por volta das mesmas horas, Elise estava no jardim, e desta vez o menino aproximou-se dela, e estendeu-lhe uma fita para o cabelo cor-de-rosa, onde estavam bordadas as Petúnias Night Sky que lhe recordavam da mãe.

No início ela não compreendeu muito bem o gesto do menino, mas aceitou a fita, depois o menino puxou-a pela mão e levou a para um pequeno lago no meio do jardim.

Onde passaram a encontrasse frequentemente todos os dias.

Assim, com o passar do tempo, foram se tornando cada vez mais próximos um do outro, brincavam, falavam, liam livros e até lanchavam juntos.

Ao fim de quatro meses e meio, ambos já era amigo por algum tempo, mas desta vez, tinham um sentimento diferente, muito mais complexo do que a amizade.

Mas como não o sabiam descrevê-lo com palavras, decidiram, por enquanto, ignorá-lo.

No início do quinto mês, Elise voltou a ser chamada há presença do Rei, pois este já se tinha conseguido reunir com o concelho de magos, e assim, viu-se obrigada a faltar aos passeios e saídas diárias que tinha com o menino.

O menino ao descobrir o que tinha acontecido, foi a correr ter com o seu pai, o Rei, e aos seus pés estava Elise.

Foi aí, que tanto ele como Elise descobriram todos os segredos um do outro.

Elise descobriu que o menino com que tinha estado a falar durante os últimos cinco meses, tinha dez anos e era na realidade o príncipe herdeiro Liden, e Liden finalmente ficou a saber do motivo de ter encontrado uma menina no abandonado jardim do palácio.

O Rei então declarou, que Elise seria isolada numa torre do palácio, até fazer os seus vinte anos, e assim ser maior de idade.

Mas, mesmo depois desse tempo só lhe seria permitido deixar a torre quando fosse capaz de controlar os seus poderes por completo.

Infelizmente, o príncipe Liden nada pode fazer para contestar a decisão do pai e do concelho de magos, mas, por sorte, antes de ela ser trancada o príncipe fez-lhe uma promessa: Não importa o tempo que demorasse, ele iria libertá-la e assim ela seria livre.

Foi por essa razão que Elise não fez mais caso, e aceitou ser presa.

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Continua...