Capitão Bill cipher

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Seus cabelos loiros são como fios de ouro. Vestes que iam do preto a detalhes em  dourado, as vezes, o vermelho é o que lhe destaca. Seus olhos de um âmbar forte, que se refletiam nos raios do sol da manhã e trazia terror. Um tapa olho que esconde o buraco vazio, refletindo o breu do interior, tendo  uma história triste e ao mesmo tempo lembrada por historiadores. 

Com alarde, um toque agudo de um sino metálico, ecoa no ar. Grasnados e bater de asas de gaivota ecoam ao mesmo tempo, levantando voa espantadas.

Chegando no topo da rampa, o homem de cabelos ruivos bagunçado, pele negra e sardas pontilhadas abaixo dos olhos e acima do nariz, encara um outro homem encostado na borda do navio.
Sem nem cumprimenta o ruivo, ele já antecipa.

— Não me olhe assim,Harry. Vá você! - Ordenou com afronto.

Cerrando o olhar, Harry fita com seriedade, deixando claro que o tom do outro, mesmo  que alto e sua forma física mais robusto, não o assusta.

— Já fui para você outra vez. Você me deve. - Argumentei, pisando para dentro do convés. — Se vira.

Sem esperar muito a resposta, Harry apenas se agachou e pega uma caixa de madeira com garrafas vazias do chão. O vidro tilitando quando sacode com o movimento.

— Aliás. - Harry se vira de lado, numa pausa. — Ele provalmente quer saber "aquilo."

A forma que falou, foi suficiente para dar arrepios na espinha do colega tripulante. Obviamente, Harry apenas queria o deixar com medo do temperamento do capitão. Lembra-o que, não era nada bom ir vê-lo

O homem bufa, enquanto observa o outro se distânciar com a caixa nos braços. Fugando, ele sente o cheiro salgado do mar e o sutil balançar no convés.

Sua preocupação em contar toda aquele historia de conto de fadas para a pessoa que não acreditava em forças dos deuses, e nem no diabo - mesmo carregando tal titulo - apenas aumenta quando finalmente caminha até a cabine do capitão no navio.

A porta é chamativa. Vermelha vibrante e com a maçaneta dourada com ferrugem.
Puxando o ar e estufando o peito, o homem vira a maçaneta e entra, querendo sair logo dessa situação.

[...]

Algo estava errado. R esse algo era minha reputação.

Coloco minha espada em cima da minha mesa num baque. Me reencostei na cadeira, fazendo a madeira ranger e estalar com o meu peso. Meu olhar pousa diretamente onde havia una formiga andando no chão. Entrando no meio do espaçamento da madeira.

— Um tritão. - Repito com desinteresse, quando Lance acaba a história.

O homem estava parado, de frente para mim com as mãos atrás das costas, claramente querendo esconder o fato de estar torcendo os dedos em nervosismo. Eu sabia que ele estava fazendo isso. Uma mania que ele tinha sempre que estava sobre pressão. Era irritante.

Lance balança a cabeça no mesmo instante. Foi lento. Para cima e para baixa uma única vez.

— Então.... - Sinto minha garganta vibrar com um grunhido. — É isso?!
Não me seguro, deixando escapar o tom  alterado.

Levanto com tudo da minha cadeira, fazendo os pés de arrastaram com um arranhado que me dá nos nervos.
Ignoro o fato de meu tripulante dar um leve pulo de susto, continuando com meu olhar fixo em minha mesa.

◈Um Feroz Tritão◈Onde histórias criam vida. Descubra agora