CAP 63

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Pov Babi

Apenas dor... dor é o que estou sentindo, só sei que meu corpo está pesado e não sinto meus músculos se moverem, nem abrir meu olho eu consigo, a única coisa que me preocupa agora é se a Carol está bem, se ela já sabe que eu fui baleada, se já sabe que estou a beira da morte, se eu não estiver morta ainda, uma sensação estranha no meu corpo, estou impossibilitada de fazer algo coerente no momento. Dou o meu máximo para abrir meus olhos, me esforço e consigo, uma claridade invade minha visão, olho para o meu braço que tem um peso nele e vejo a Carol, sorrio o máximo que consigo, tento mover minha mão, consigo e levo ela até minha barriga, descanso ela ali e volto a mover ela para a cabeça da Carol fazendo um carinho, logo ela me olha abrindo um sorriso de orelha a orelha, consigo ver que ela estava chorando por seus olhos, os seus olhos estavam com olheiras e vermelhos um pouco molhado.

- amor! Meu Deus - ela me abraça colocando o mínimo de força - você me deu um susto - ela me olha com lágrimas nos olhos.

- desculpa, eu não queria que causar esse estrago - falo rouca e fraca - agora olha pra mim - sorrio fraco.

- você foi uma guerreira - ela coloca as mão em meu pescoço - você é demais - ela destribui um selinho em meus lábios - já estava com saudades dos seus olhos, da sua boca... de você - sussurra.

- relaxa que agora estou aqui amor - faço um carinho em sua bochecha - é melhor chamar o Doutor.

- já volto - bica meus lábios mais uma vez e sai da sala. Enquanto a espero tento mecher meu braço e minha pernas. Enquanto tentava mover meu corpo, que estava dando certo, vejo o Doutor entrar com a Carolina logo atrás.

- olá Bárbara, como deve saber você foi baleada, na barriga e na costela, essas balas já foram removidas normalmente, mas o seu coração foi interfirido - presto atenção a cada palavra que ele diz - você tem vinte por cento de chance de ter problemas respiratórios, se você tomar os devidos cuidados e remédio, você não terá esses problemas - quando ele termina de falar solto um suspiro longo.

- tudo bem, eu vou tomar esses cuidados, mas quando eu vou poder sair?

- essa questão temos que ver, mas se estiver tudo certo a previsão será de duas semanas - concordo com a cabeça - daqui a pouco teremos alguns exames, nesse tempo sua namorada pode ficar com você

- ta bom Doutor - ele sai dexando só eu e minha namorada na sala que logo se senta do meu lado na cama - como estão o pessoal? - coloco minha mão em sua coxa.

- eles estão nada bem, tenho que ligar para eles ainda, seu pai e sua mãe ficaram bravos, se prepara que vai vir esporro pro seu lado - rimos.

- eles sempre foram contra essas coisas, quando eles descobriram que o meu primo entrou para a "vida bandida" - faço aspas com os dedos - tentaram a qualquer custo convencer ele a desistir.

- como eu nunca fiquei sabendo disso?

- meus pais pediram para ficar só entre a família.

- por que o Bradook entrou para essa vida?

-  não conseguiu entrar para nem um trabalho por causa do preconceito pela cor, bobeira, ele já conhecia o Branco então ele convidou meu primo para entrar no morro então ele aceitou, por incrível que pareça os pais dele aceitaram isso.

- nossa que pesado.

Depois de um tempo conversando o Doutor entra na sala para fazer os exames, a Carol saiu e ficou só eu o John e mais dois médicos.

[~]

Estava esperando meus pais chegarem junto com a Carol aqui no hospital para irmos embora, todos já vieram aqui me visitar, meus pai me deram uma bronca com razão, o Victor e o resto não vão poder vir porquê estão fazendo live, compensando o tempo que eles ficaram fora, falando nisso já falaram o que aconteceu para os fãs, meu celular deve chegar a travar com tanta mensagem não lida.

- caramba, cadê seus pais? - a Carol fala frustada pela demora.

- está demorando mesmo, mas não precisa ficar assim - pego em sua cintura de costas para mim e beijo seu ombro.

- nem vem com esse carinho, a senhora trata de não fazer esforço se não eu mesmo te mato - ela fala irritada, certeza tpm.

- tpm amor? - ela se vira de frente para mim.

- sim Bárbara, não me irrita mulher - escutamos batidas na porta revelando meus pais.

- chegamos atrasados mas chegamos - minha mãe fala divertida - vamos, já pegamos tudo que tinha para pegar.

- mas antes - meu pai fala e vem em minha direção, não entendo o porquê disso e vejo ele me pegar no colo fazendo a Carol, meu pai e minha mãe gargalhar.

- que isso pai? Me solta doido.

- não você não vai fazer nenhum esforço mocinha - saimos da sala e tinha algumas pessoas nos olhando, viro meu rosto envergonhada.

Chegamos no carro e entro no banco de trás junto com a Carolina. Chegamos na mansão e fui obrigada a ir no col9 do meu api passando de quarto em quarto falando oi para cada um que riam da minha cara. Finalmente cheguei no meu quarto, meu pai me coloca na minha cama, suspiro de alívio.

- bom, foi isso filha, temos que ir, se cuida ta? - meu pai fala.

- ta bom, tchau mãe, tchau pai - nos despedimos e a Carol deita do meu lado me abraçando.

- estou cansada, não queria abrir live hoje - a Carol diz manhosa.

- faz amanhã meu bem, descança - dou um beijo em sua testa.

Em pouco tempo já tinhamos pegado no sono...

𝘼𝙡é𝙢 𝘿𝙖 𝘼𝙢𝙞𝙯𝙖𝙙𝙚 - 𝐁𝐚𝐛𝐢𝐭𝐚𝐧 𝐆!𝐏Onde histórias criam vida. Descubra agora