Capítulo 1

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–Ao ver isto, não é difícil desejar ter um família, não é ? –comentou Ryan

Estava observando como sua afilhada corria e brincava pelo jardim em seu aniversario de 4 anos

O a festa estava sendo celebrado em um parque municipal da ilha Moon. Não era o lugar mais apropriado para uma festa desse tipo e nunca teria imaginado que seu amigo acabasse celebrando ali o aniversario de sua pequeninha, como ele chamava.Mas se deu conta de que era normal que Rafael e Bryony quisessem ter lembranças nessa ilha que tanta importância teve em sua relação.

A aniversariante estava muito fofa e seu jeito travesso de criança enchia o ambiente e a faziabrilhar ainda mais.

–Parecem muito felizes, quase muito – comentou Devon Carter a seu lado.

Ryan riu ao ouvi-lo. Olhou para Devon. Contemplava seus amigos, pais de sua afilhada com uma mão no bolso da calça e uma taça de vinho na outra.

–Sim, é verdade – respondeu ele. Riu ao ver que Devon fazia uma careta de desagrado. Sabia que ia ver-se nessa situação muito em breve. Viu que a ideia não o agradava muito, mas não decidiu levantar o assunto de todos os modos.

Devon o questionou.

–Continua sem saber nada de Kelly?

–Não. Mas estou a pouco tempo procurando, acabarei encontrando-a.

–Não sei por que quer encontrá-la. Acredito que seria melhor que a esquecesse e seguisse adiante com sua vida. Está muito melhor sem ela.

Apertou os lábios e olhou a seu amigo antes de responder.

–Já sei que estou melhor sem ela. Não quero encontrá-la para lhe pedir que volte a fazer parte de mim vida.

–Então, por que contratou um detetive para que a encontre? Não o entendo! Acredito que deveria deixar que o passado continue no passado. Supera de uma vez o que ocorreu e olhe para o futuro.

bem ou não. Sabia melhor que ninguém que lhe convinha esquecê-la, mas não podia.

–Quero conseguir algumas respostas –murmurou então– Não chegou a descontaro cheque que dei e quero me assegurar de que não lhe aconteceu nada.

Sabia que era uma desculpa muito pouco convincente, mas era tudo o quetinha. Devon franziu o cenho ao ouvir suas palavras e tomou um gole de vinho.

–Depois do que fez, imagino que se sente um pouco envergonhada e não quer mostrar a cara.

–Talvez tenha razão –respondeu Ryan.

Mas tinha a sensação de que havia algo mais. O incomodava que essa mulher seguisse o

preocupando, mas não podia evitá-lo. E o surpreendeu que não cobrasse o cheque que lhe deu.

Não entendia por que continuava pensando nela, mas era assim, estava presente em cada um de seus pensamentos.

Tinha passado muitas noites em claro durante esses últimos seis meses, perguntando-se se estaria bem e a salvo. Não queria sentir-se assim e tratava de convencer-se de que era normal que se preocupasse e que se sentiria igual comqualquer mulher que estivesse nas mesmas circunstâncias.

–Bom, trata-se de seu dinheiro e de seu tempo – disse então Devon–

Surpreendeu-o uma forte brisa marinha que lhe agitou o cabelo. Adorava o aroma do mar.

Fazia muito bom tempo. Era o dia perfeito para celebrar um casamento na praia.

–Alô?

–Acredito que a encontrei, senhor –disse o detetive sem sequer parar parasaudá-lo. Ficou sem fôlego ao ouvi-lo.

Segunda ChanceWhere stories live. Discover now