Five

365 37 36
                                    

Olá, pessoal.
Sim, o último capítulo enfim chegou, e gostaria de deixar já aqui um aviso.

• Este capítulo terá cenas implícitas de tortura e violência física, eu peço que se você for muito sensível a esse conteúdo, uma ampulheta sinalizará quando chegar nessa parte (⏳).

Eu não queria ter que escrever algo ruim assim, mas é necessário para o entendimento da história do Yangyang, espero que compreendam.

Bom, eu acho que é aqui que você me cobram um lencinho...

Boa leitura, até as notas finais.
______________________________________

Péssima ideia! Eu nunca me arrependi tanto de algo em meus 15 anos de vida.

Eu estava totalmente decidido; eu iria encontrar minha mãe e a traria de volta para casa, para perto de mim.

Deixei uma carta aos pais de Jaemin, e uma dedicada ao próprio Na, arrumei minha mochila e então sai andando por aí, não sabia para onde ir, mas talvez o centro de Seoul fosse o lugar que me traria as respostas de onde ela estaria.

Peguei uma carona com um casal muito gentil que me elogiou pela minha atitude de procurar minha mãe, e me deixaram em um local bem movimentado, parecia uma aglomeração sem fim, pessoas andando para todos os lados em seu próprio mundo. Era assustador ninguém perceber minha presença ali.

Eu continuei andando, o dia estava amanhecendo, mas eu não havia parado para descansar ou comer algo.

Um dia inteiro de buscas havia passado, e por sorte ninguém havia percebido que eu era um híbrido graças a touca que cobria minhas orelhas e o casaco que escondia minha cauda. Chegou a noite novamente, e eu estava em uma parte mais isolada da cidade; sozinho; tentei não ficar apavorado, mas estava muito difícil de não pensar na possibilidade de ter alguém me seguindo.

Me sentei em uma calçada, em frente a uma loja que eu nunca ouvi falar, e peguei um sanduíche que tinha feito antes de ir embora do meu antigo bairro. Eu estava pronto para continuar a caminhar, ou pelo menos achar um lugar para dormir, até que vejo alguém vir em minha direção.

Um homem alto se aproxima de mim, e então diz, num tom ameaçador.

Olha, olha... O que você está fazendo por aqui, garotinho? Sabe que esse lugar não é pra crianças, né? — O homem diz, com sarcasmo muito claro em sua voz, o que me faz encolher de medo.

N-não, eu só estou procurando minha mãe... — Eu digo evitando o contato visual com aquele ser assustador.

Ah, que adorável... mas aqui, não existe mamãezinha para te ajudar, garoto. Agora, antes que eu me irrite de verdade com você, vai me passando essa sua mochila aí, rápido! — Ele então saca uma faca de sua cintura e eu começo a ficar totalmente apavorado com aquela situação.

P-por favor, n-não me machuca. — Eu dizia enquanto entregava minha mochila sem questionar.

Ora, não se preocupe... Se você não ir embora daqui até eu terminar de contar até 3, eu não farei nada com você. — Eu mal esperei ele terminar de dizer e saí correndo o mais rápido que minhas pernas conseguiam. Eu estava cansado, mal sabia onde estava indo, só parei quando eu acabei esbarrando em um garoto de cabelos escuros, e ambos caímos no chão.

Eu mal tive tempo de ajudá-lo a levantar, pois eu estava tão assustado, e continuei correndo até chegar em um beco ao lado de um grande estabelecimento. Eu me encolhi perto de algumas caixas e tentei controlar meu nervosismo. Mas aí, eu havia me dado conta de algo importante: a minha touca havia caído no meio do caminho, provavelmente quando eu esbarrei naquele garoto.

 All I Want | [Xiaoyang]Onde histórias criam vida. Descubra agora