Capítulo 1

487 34 0
                                    

- Eu já disse Yakov, está tudo bem comigo. - falava Victor para o seu treinador enquanto amarrava o cadarço do sapato.

- Mais Victor. - persistia Yakov preocupado com Victor.

- Por favor Yakov. - fala Victor levantando a cabeça em direção de Yakov. - está tudo… - não conseguiu completar pois ao se levantar desmaiou.

- Victor!! - gritou Yakov segurando Victor desacordado. - chamei uma ambulância. - disse para alguns patinadores que estavam para sair. - AGORA! - esbravejou perdendo a paciência.

Dois ano depois, em uma pequena cafeteria estava Yuuri se preparando para começar o seu turno como garçom.

- Bom dia senhora, o que vai querer hoje? - pergunta Yuuri para a freguesa.

- Oh... ola Yuuri, eu vou querer algo com menas calorias. - respondeu a senhora com um sorriso simpático olhando para os pãezinhos. - quanto é esse aqui? - pergunta apontando para um pãozinho com leite em pó em cima.

- Bom, esse tem 170 calorias, e a senhora pediu esse ontem. - falou Yuuri sorrindo sem graça.

- Ah foi hahaha.. - riu a senhora com um pouco de vergonha. - e esse aqui? - pergunta a senhora apontando para um pãozinho com uma cereja em cima.

- 220. - respondeu Yuuri. - mas se a senhora comer em pé dá muito menos calorias. - completou com um sorriso para não desanimar a senhorinha.

- Ohh então eu vou querer. - falou a senhora animada por poder comer o doce.

- É para viagem? - perguntou Yuuri pegando o prato em que o doce estava.

- É sim. - respondeu a senhora sorrindo.

- Vou colocar num saquinho então. - falou Yuuri pegando o saco e colocando o pãozinho.

- Obrigada Yuuri. - agradeceu a senhora quando recebeu a sacola com o pãozinho.

- De nada. - falou Yuuri gesticulando as mãos nervosamente. - volte sempre. - disse para senhora que saiu.

Yuuri pegou um bule de chá e foi em direção de uma mesa com uma senhorinha.

- Acho que não consigo comer tudo. - comentou a senhorinha triste.

- Quer que eu embale para a viagem? - perguntou Yuuri. - para comer depois. - explicou para a senhorinha entender.

- Aham. - concordou a senhorinha muito feliz.

- Aqui está. - falou Yuuri estendendo o saquinho.

- Obrigada. - agradeceu a senhorinha.

- De nada. - falou Yuuri sorrindo. - volte sempre. - falou abrindo a porta para a senhorinha passar.

O dono do café foi em direção à porta ficando ao lado de Yuuri e virou a placa de aberto para fechado.

- Eu sinto muito. -falou o dono do café olhando para Yuuri com tristeza, logo depois estendeu o pagamento do mês para ele.

Yuuri pegou o pagamento e olhou com tristeza para o dono, voltou para a sala dos funcionários, se arrumou para voltar para casa.

Ao sair do café que trabalhou tantos anos foi andando pela rua que dava em direção à sua casa, enquanto caminhava tristemente pela rua ficou pensando em como arrumar um emprego no outro dia.

Chegando em casa, já era hora do jantar e sua mãe colocava os pratos na mesa, foi em direção a mesma para ajudá-la a organizar a mesa de jantar.

- Yuuri, você pode ir chamar o seu pai no escritório? - perguntou Hiroko para o filho.

- Claro mãe, vou chamá-lo. - falou Yuuri já indo em direção ao escritório do pai.

- Toc Toc. - bateu Yuuri na porta do escritório.

- Entre. - ordenou Toshiya dentro do escritório.

- Com sua licença. - falou Yuuri ao abrir a porta do escritório. - pai, mamãe mandou avisar que o jantar está na mesa. - avisou o pai que estava sentado na cadeira em frente a escrivaninha repleta de papéis.

- Certo já estou a caminho. - falou Toshiya se levantando da cadeira.

- Pai, eu já te falei que o café eu trabalho iria se fechar né? - comentou Yuuri indo em direção a mesa de jantar.

- Sim, você já me avisou sobre isso. - falou Toshiya se sentando na ponta da mesa.

- Bom é que eu fui demitido hoje. - falou Yuuri meio acanhado. - e eu já recebi o salário do mês. - disse colocando comida no prato.

- Um mês de pagamento, foi muito generoso da parte dele. - falou Hiroko da cozinha.

- Mas ele trabalhou naquele café por 5 anos seguidos. - falou Toshiya um pouco irritado. 

- O café fechou, amor. - falou Hiroko tentando acalmar o marido. - ele não teve escolha.

- O que ele vai fazer então? - perguntou Toshiya para a esposa. - não dá para a Mari trabalhar mais hora extra na pousada. - completou indignado.

- A pousada é nossa querido. - falou Hiroko amavelmente.

- Mas… - Toshiya tentou continuar a fala mas recebeu um olhar repreendedor de sua esposa.

- Eu vou trabalhar um pouco na pousada. - falou Yuuri animado por trabalhar no negócio da família.

- Vai não. - falou Mari tirando a esperança de Yuuri. - você meu irmão precisa conhecer gente nova.

- Mas eu gosto de trabalhar na pousada. - tentou argumentar Yuuri para que mudassem de ideia e deixassem que ele trabalhasse na pousada.

- Gostar é uma coisa ficar se escondendo pelos cantos por encontrar um homem bonito é outra. - falou Mari constrangendo o irmão.

- O meu querido você vai encontrar um trabalho amanhã. - falou Hiroko tentando acalmar o filho.

- Mas se decidir mudar de ideia o estúdio estará sempre aberto para você Yuuri. - falou Minako sorrindo para Yuuri.

- Eu não sei não Minako-sensei. - falou Yuuri um pouco desanimado.

- Você tem potencial Yuuri, só precisa ter um pouco de coragem. - falou Minako tentando motivar Yuuri a voltar a fazer ballet.

- Não é pra tanto, eu nem possuía tanto potencial assim. - falou Yuuri constrangido pelo elogio.

- Ohh Yuuri, um pequeno passo para um homem pode mudar a sua vida, para poder voltar a patinar. - falou Minako convencendo Yuuri pelo menos a voltar a patinar.

Yuuri se levantou da cadeira e foi em direção a porta da casa saindo por ela.

- Você sabe que ele não vai mudar de ideia né? - comentou Mari quando Yuuri saiu pela porta de entrada.

- Pelo menos eu tentei. - falou Minako para todos.

Minha vida antes de te conhecerOnde histórias criam vida. Descubra agora