IV - O Problema

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         Quando saíram de lá, Geno falou:

          - O lugar precisa mesmo ser reformado. Tem muita coisa pra arrumar. Entretanto, teremos um problema - falou sério

          - São os gastos? Porque arcarei com os custos. Vou fazer uma reunião amanhã, com os acionistas da empresa. E vou cobrar alguns favores de uns conhecidos - interrompeu o empresário

          - Não se preocupe. Não voi cobrar de você. E tenho amigos também, que podem doar alguns materiais e vender outros num preço mais acessível. Isso é o menos importante - falou tranquilo - A questão é que pra reforma ser feita o mais rapidamente possível o orfanato precisará estar vazio. Deve levar uma semana, aproximadamente. Onde vão colocar as crianças?

          - Tem razão. Assim que resolver isso te aviso. Na segunda feira à noite eu ligo para conversarmos.

          Quando chegaram na casa de Madara. Geno se despediu, pegou seu carro e foi embora.

          Madara teria que pensar. Onde ele colocaria 34 crianças, cinco adultos e o Hashirama? Bem, o Hashirama pode ficar aqui em casa, de preferência, no meu quarto, pensou com um sorriso de canto. Mas sabia que o psicólogo não se separaria das crianças.

          Enquanto tentava chegar a uma solução, resolveu tomar um banho rápido. E foi embaixo do chuveiro que lhe ocorreu a idéia. Havia um amigo que possuía uma casa grande na praia e fazia tempo que queria vendê-la. Madara sempre recusava, pois sendo solteiro, ter uma casa na praia era desperdício, principalmente uma tão grande. A praia ficava perto da cidade, menos de meia hora de carro. Ele nunca tivera tempo pra essas coisas. Mas agora seria bom. Poderia até tornar-se um lugar para as crianças do orfanato ficarem de vez em quando.

          Pronto. Estava quase resolvido. Amanhã ligaria para o amigo, perguntando se a casa ainda está à venda.

          Foi pra cama e tentou ler. Mas não podia se concentrar. Só pensava no Hashirama, nas coisas que poderia fazer para ajudar o orfanato e ficar mais tempo perto do psicólogo. Decidiu assistir a um filme, na cama mesmo, mas acabou dormindo antes do final.

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          No outro dia, Madara acordou cedo. Decidiu correr um pouco para clarear as idéias. Colocou uma calça de agasalho, regata, tênis e saiu.
Correu uns 15km. Quando voltou, já tinha tudo esquematizado. Tomou um banho quase frio e começou a fazer algumas anotações.

          Chegou no escritório, pediu à secretária que lhe trouxesse um expresso duplo e a agenda.

          Quando e secretária entrou, entregou-lhe o expresso e sentou-se como era de costume, esperando para anotar.

          - Pode convocar todos os acionistas para uma reunião às dez horas, por favor - mexeu em alguns papéis à sua frente e entregou-lhe uma folha - Marque reuniões individuais com todos esses contatos, para o mais breve possível. Com o primeiro da lista, Jirocho Wasabi, tente marcar almoço ou jantar hoje mesmo.

          A moça levantou-se para sair e foi impedida pela voz do mais velho:

          - Também quero que remarque todos os meus compromissos não urgentes pra próxima semana. E os urgentes, coloque no final da tarde. Das 16:00 horas em diante, por favor. Preciso que me informe sobre essas reuniões o quanto antes. Obrigado - completou, logo voltando dar atenção aos seus papéis.

          Madara estava ansioso. Não conseguia se concentrar. Depois de reler pela terceira vez o mesmo parágrafo, desistiu e resolveu revisitar as fotos que tirara no orfanato em seu celular. Havia tirado algumas do Hashirama quando este não estava olhando. Ele era tão lindo!!!

Apaixonado pelo PsicologoOnde histórias criam vida. Descubra agora