VII - Guardar Izuna só no Coração

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          Madara e os sobrinhos e os namorados iriam depois do café. Sasuke, não resistindo foi tirar uma casquinha do irmão, falando em seu ouvido:

          - Tinha pernilongo no seu quarto, Aniki? Essas manchas no seu pescoço dizem que eram bem grandes!

          Itachi ficou vermelho e Deidara riu sozinho do outro lado, adivinhando o teor da conversa. Naruto, como sempre, não entendeu nada. Madara só sentiu que tinha alguma malícia ali...

         As crianças ficaram tristes com a partida, mas eles prometeram que voltariam no fim de semana.

          Sasuke e Naruto foram com Madara e com o motorista. Itachi e Deidara foram de Uber. Deidara comentou:

           - Não vi onde o Tio Madara dormiu...

           - Foi com o Hashirama, naqueles cômodos dos fundos - disse com um sorriso de canto - Anda não sei o que está rolando ali, mas tem coisa...

           - Eu percebi o jeito que se olham. Mas como ele não disse nada, vamos respeitar o tempo deles. - falou Deidara, sensato.

           - Sim. Meu tio ficou muitos anos sozinho. Ele merece alguém que o ame. E o Hashirama é legal...

          Continuaram conversando banalidades até chegar em casa. Itachi  ia dar aula pela manhã. Deidara só à tarde.

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          As crianças estavam muito felizes com a praia. Hashirama estava aproveitando também, pois não confiava em deixar "os anjinhos" só com as funcionárias. Sabia que algum deles poderia desobedecer, ir escondido para longe ou para o fundo... as possibilidades faziam com que se arrepiasse.

          Estava sendo uma estadia maravilhosa para todos, exceto que Hashirama sentia falta de Madara na sua cama todas as noites. Inacreditável! Uma única noite em que sentiu o calor do outro, dormindo aconchegado em seus braços fez com que sua cama agora parecesse enorme e fria. Eles até conversavam por telefone e vídeo chamada. Nada a respeito do que sentiam, claro, mas não foi suficiente. O psicólogo cada dia mais tinha certeza dos seus sentimentos pelo outro.

          Outra coisa que tirava um pouco do seu sossego em várias horas do dia era sua curiosidade e ansiedade com a reforma. Madara o fizera prometer que só voltaria ao orfanato quando esse o levasse.

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           Duas vezes por dia, Madara passava no orfanato, para ver como ia a obra. Estavam bem adiantados. Era muito gratificante ver o lugar ganhando outra aparência.

          Na sexta-feira já estava tudo pintado, estavam terminando de azulejar a cozinha e os banheiros. Ele comprou uma banheira e pediu que a colocassem na suíte do Hashirama e que fizessem uma varanda com plantas naqueles dois cômodos do fundo. Mal podia esperar para ver a cara dele.

          - Geno, vocês estão indo bem rápido! Estou admirado e agradecido - falou para o construtor

          - Pago bem aos meus meninos para que eles façam tudo rápido e bem feito - comentou Geno, olhando para os cinco homens que trabalhavam nos fundos

          - Está ficando muito bom mesmo!

          - Já avisei que trabalharemos no final de semana, desde cedo até o escurecer. Vão ganhar dobrado - falou empolgado - Tudo deverá estar pronto na terça.

         - Então, na segunda, posso pedir para a decoradora vir aqui, observar o espaço e programar as compras dos móveis?

          - Sim. Com certeza! - Geno sorriu de canto - É aquela ruiva bonitona?

Apaixonado pelo PsicologoOnde histórias criam vida. Descubra agora