Liberdade Áspera / 2

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Boa leitura...💤💫


Harry voltava receoso para casa, sentindo as meias entrarem em contato com o asfalto gelado e úmido por conta da época do ano- embora a cidade sempre tivesse um clima tão desanimador-.
Ele apenas conseguia pensar em o que os Dursley fariam quando ele entrasse em casa. E por um momento, Harry pensou seriamente , de frente para a porta da casa, se deveria fugir. Mas esse pensamento foi descartado quando começou a imaginar-se sozinho nas ruas, então abriu a porta e adentrou na casa onde a mudança de temperatura se fez presente. Mesmo que já soubesse o que lhe esperava.
ㅡ Finalmente aberração! Espero que tenha garantido que aquele animal nojento não apareça mais por aqui!-gritou petúnia sentada no sofá enquanto tricotava algo cafona para Duda e desferia um olhar intimidador para Harry. Ela sabia ser assustadora para o garoto.
ㅡ Por que ainda está aqui?! Vá logo pro armário, nós teremos visitas!- gritou Valter parecendo explodir enquanto lia seu jornal sobre as notícias da semana, sentado em sua poltrona marrom listrada, que ele tratava como seu "tesouro".
Harry foi cabisbaixo para o armário, sem nem ao menos ter coragem para responder o homem.
Entrou , fechou a porta atrás de si, e se deitou, fitando o pequeno feixo de luz que passava por baixo da porta e clareava brevemente o armário escuro.
Harry olhava calmamente, enquanto pensava quais seriam os visitantes dessa vez. Mesmo que isso não fizesse a menor diferença para si, afinal todos os visitantes nem ao menos sabiam da existência de Harry.
E ficou ainda mais atento quando ouviu a porta da casa abrir, e os Dursley começarem a se cumprimentar.
ㅡ Amélia! Que prazer lhe ver novamente!-Harry ouviu petúnia falar, ela deveria estar sorrindo por conta do falso tom de voz calmo e doce.
E para o desânimo de Harry, ele conhecia muito bem essa Amélia. Embora nunca tivera visto o rosto da mulher na vida.
Ela era a irmã de petúnia, e uma das piores pessoas que Harry já conhecera na vida.
Mesmo ele tendo conhecido poucas, aquela mulher era a definição de alma podre, toda vez que aparecia, ela fofocava sobre tudo com petúnia.
Uma vez, Harry até mesmo pode ouvir que a mulher matara o gato da vizinha envenenado.
Sem falar nas incontáveis vezes que ela falou mal de algum parente distante ou amigo.
Amélia era uma cobra, quer dizer, Harry amava cobras então isso seria uma ofensa a elas, então, reformulando.
Aquela mulher era uma monstra nojenta e arrogante.
As vezes, Harry agradecia por não ter que sair do armário durante as visitas.
E ao perceber que a conversa não lhe traria nada de bom, Harry se virou e se aconchegou, até adormecer tranquilamente num suspiro leve e angustiado.

Longe dali um lorde das trevas se via curioso, e um tanto interessado -mesmo que ele não quisesse admitir isso para si mesmo nem mesmo em forma de pensamento-. Ja havia bastante tempo desde que o lorde se encontrava em tais situações, afinal, nada lhe impressionava ou lhe despertava o mínimo de inquietação, e muito menos no grau elevado de agora. Ele não sabia o que pensar, a criança havia lhe impressionado de forma exurberante, pois, ele era o único bruxo vivo, que conseguia ter tal habilidade com as serpentes, foi um espanto quando viu o garoto se comunicou com ele tão normalmente, como se ele tivesse o dom desde o nascimento, a teoria dele nascer com o dom apenas auxiliava o lorde a se sentir mais atormentado de certa forma. Era longe de ser normal uma criança trouxa saber a lingua das cobras, nem mesmo os bruxos mais sábios e de grande idade sabiam. muitos tentaram, passaram suas vidas completas tentando, mas só obtiveram o fracasso frustrante, alguns até enlouqueceram com a derrota. A língua só podia ser adquirida, não podia ser aprendida, era complicada demais, e não existiam pessoas para ensinar, e nem livros sobre o assunto, por isso, o lorde já sabia que a criança havia nascido com o dom. Mas de quem ela teria herdado? afinal, era uma criança trouxa, então não poderia ter herdado de salazar. Mas, se não foi de salazar, teria sido de quem? O lorde não podia evitar de suspirar em frustração. O que foi rapidamente notado pela outra presença na sala escura, Nagini estava definitivamente curiosa, e não tardou a questionar sobre.

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