MINHA PRINCESINHA. (MINHA MORCEGUINHA.)

79 12 2
                                    

Durante nove meses, Martha desapareceu do radar, nem mesmo Clark foi capaz de acha-la. Infelizmente, ela não foi pega nas câmeras de segurança e não houve nenhum novo avistamento daquela mulher. É como se ela tivesse sido varrida da face da terra. Não ajuda as imagens que ele tinha conseguido dela no começo dos meses, ela está quase totalmente obstruída da visão das câmeras, mas mostrava claramente que ela estava perto de um hospital. 
Batman começou a pesquisar registros recentes de assassinatos em Gotham e nas cidades vizinhas. Logo se tornaram muitos para acompanhar. Para sua consternação, Bruce sabia que logo seria um desperdício. Olhando para trás, talvez Batman devesse ter sido mais consciente naquela noite. Aquela mulher, talvez as coisas fossem diferentes. Então, novamente, talvez ele não tivesse Helena.

A própria Helena estava crescendo bem. Ela começou a sentar-se sozinha; embora ela tenda a ser pesada demais para ficar estável, uma pequena risada geralmente segue de uma queda para trás. No início, ele a deixou cair vendo sua felicidade, mas começou a apoiá-la um pouco depois de uma queda mais difícil que terminou em pequenos gemidos. Ele nunca entendeu por que os pais tiravam tantas fotos até Helena se levantar pela primeira vez. Em um de seus raros dias de folga, ele tenta compensar o tempo que perdeu. 

[...]

Bruce estava deitado de lado quando Helena tentou escalar o peito de seu pai. Pareceu um momento, mas agarrando a camisa de seu pai e rindo, ela se levantou pela primeira vez. Não por muito tempo, apenas alguns segundos. Ainda assim, Bruce se encheu de orgulho e se pôs a elogiar seus esforços. Ele a salpicou de beijos; sentando-se e colocando-a em seu colo. Helena ergueu os olhos com um sorriso e se aproximou de seu pai. Ele a embalou suavemente em seus braços. Pela primeira vez em muito tempo, ele sentiu uma alegria desenfreada, o mesmo aconteceu com Selina que via Helena em chamadas de vídeo semanais, ela podia não querer ser mãe, mas o orgulho era inegável.

Bruce: Você cresceu muito, princesa.

Ele sussurrou contra sua testa, deixando um beijo suave, mas firme no topo de sua cabeça. Helena deu uma risadinha, pulando ligeiramente nos braços de seu pai.

Esses foram os momentos que Bruce mais amava. Algumas noites com Batman patrulhando, quase pareciam que não iam acabar. Com um criminoso caído, parecia que mais três ocupavam seu lugar. Bruce teme que essa luta não termine nunca. Ele teme que um dia a luta chegue para casa como aconteceu tantas vezes em seu tempo, teme que Batman domine sua vida.

Com esses pensamentos recomeçaram os pesadelos com a perda de Alfred e Helena, com a morte de Jason e sua mãe, com o ódio de Clark e Selina ou com a queda de Harvey, Harley e Pamela para o mundo dos crimes. Cada noite mudava a maneira como eram arrancados dele. Um, em particular, o assombra repetidamente. Sem violência, sem tiros altos, sem gritos, apenas silêncio.

Ele acordava em seu sonho, com uma sensação estranha quando o som do vento era ouvido. Ele se arrastava grogue de sua cama e se dirigia para Helena. Ao caminhar até o berço, seus lençóis cinza e amarelos se despedaçavam. Bruce ficava olhando horrorizado, correndo porta afora para o quarto de Alfred. Batendo a porta aberta, seu sangue gela. A sala, respingada de vermelho ao longo das paredes, lençóis e cobertores pertencentes a Alfred e Leslie, rasgados em pedaços. Naquele momento, Bruce finalmente acordaria. O suor escorreria por sua testa. Ele correria para fora de seu quarto para o de sua filha, a calma enchendo-o ao vê-la dormindo pacificamente.
Bruce esperaria por um momento, olhando para baixo, observando a respiração dela. Ele acariciaria suavemente a bochecha dela com o polegar. Depois do que pareceu uma hora, Bruce silenciosamente deixaria a sala para ir ver Alfred.

Batman uma segunda chance [REESCRITO]Onde histórias criam vida. Descubra agora