ESPERO SALVA-LOS! (EU VOU SALVA-LOS!)

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Durante toda sua recuperação, seus pais fizeram um esforço para ficar por perto, o que era louvável, considerando o quão apertados eram seus horários.

Se ele não estivesse na mansão sendo cuidado por Alfred, Martha o levaria para visitar seu local de trabalho, já que um hospital aparentemente não era lugar para uma criança estar.Ele nunca fazia alarde sobre isso pois não é como se houvesse alguma coisa que ele fizesse que poderia mudar suas escolhas. 

Tudo que ele sabia até agora, é que era 1980 e Bruce não tinha absolutamente nada para fazer além de ler livros que ele já havia lido, pintar quadros e exercícios físicos mínimos. Assim, com todas as outras opções tracejadas, as únicas coisas que ele podia fazer era escrever, ou simplesmente falar com Alfred o que, honestamente, não funcionava pois Batman não era o maior conversador e acabava apenas por ficar parado como uma alma enquanto vigiava cada passo que o homem dava. Após quase dar um ataque cardíaco no pobre mordomo, Batman decide que precisa escrever e se preparar para seja lá o que pudesse acontecer.

Conseguir um caderno completamente limpo foi fácil, mas escrever foi difícil, pois Bruce estava no corpo de uma criança de sete anos e sua mão de escrita estava quebrada. Mas Batman não se intimidou, usou o caderno não apenas para documentar todas as suas preocupações e estresses, mas também seus conhecimentos do futuro como um todo.

Então, quando ele se sentou a cama ao fim do dia, Batman meditou e se trancou em sua mente para pensar.

"Bruce: Deus, peço que eu seja forte o suficiente para salvar a todos."

Rezou mentalmente enquanto tentava não se mover muito da pose de meditação, afinal, não queria perder seu foco.

[...]

Martha não pode deixar de revirar os olhos ao se aproximar do quarto do filho. A luz ainda estava acesa, o que significava que seu filho ainda estava acordado depois de seu horario de sono habitual. Ela teve sorte de passar pelo quarto dele, a única razão pela qual ela estava acordada a esta hora ímpia era por causa da sua sede e seus pesadelos com o estado de seu filho a 5 messes atrás, ela estava realmente preucupada. Ela esperava que uma breve caminhada pela mansão a acalmasse. Agora ela tinha outro motivo para estar acordada.

Com um suspiro, ela abriu a porta e lutou para conter outra bufada ao olhar de surpresa no rosto de Bruce.

"Martha: Oh, meu bebê, sempre tão adorável."

Martha: O que você está fazendo acordado? Você deveria estar na cama a essa hora, baby.

Ela franziu a testa, mas apenas por um momento. Era difícil ficar com raiva de seu filho quando ele baixava seus olhinhos e mexia as mãozinhas em um movimento ansioso. Ele fechou o caderno em seu colo e o segurou contra o peito.

Bruce: Escrevendo.

Martha ergueu a sobrancelha surpresa.

Martha: Às duas da manhã?

Ele deu de ombros ainda sem olhá-la nos olhos.

Bruce: sem sono.

Ele inclinou a cabeça para o lado enquanto Martha se sentava na beira da cama. Ela queria acariciar seu cabelo, mas seu bebê nunca gostou muito de toques, então ela se contentou em apenas observa-lo. 

Martha: São os morcegos de novo ?

Ela suspirou contendo suas lágrimas ao ver os olhos de seu filho escurecerem.

Martha: Você precisa dormir, querido. Isso vai te deixar grande e forte.

Bruce: ma... mamãe.

Martha: sim, querido ?

B: você... já sentiu como se aquilo que você mais teme, fosse segui-la para o resto de sua vida ?

Ela se calou em choque.

Bruce: eu estou com medo, pela primeira vez em muito tempo, eu estou realmente com medo...

Ele soluçou e Martha se esqueceu de não tocá-lo, ele precisava iniciar o toque, ela sabia, mas estava louca para abraçá-lo e ele não parecia que faria o primeiro movimento.

Martha: shhhhhhh, oh querido. Está tudo bem ter medo. Ok, não há problema nisso.

Bruce: mas...

Martha; shhhhhh, nada de "mas", vc está seguro, esta tudo bem agr.

Ela diz cutucando as pontas de seus narizes e riu quando ele ficou vesgo para olhar nos olhos dela.

Martha: você tem quase oito anos, meu amor e vai precisar de toda essa energia para quando ir à escola nova.

Enquanto se afastava dele, ela pegou o diário das mãos do filho e, sem olhar, guardou-o na gaveta da mesinha de cabeceira. Martha então se afastou e persuadiu o filho a se deitar para que ela pudesse colocá-lo na cama. Ela observou em silêncio enquanto Bruce mordia o lábio, um sinal de que ele queria perguntar algo.

Martha: Algo errado querido?

Bruce: preciso ir?

Martha: Para a escola? Sim, claro que você tem, mas podemos conversar amanhã, com uma tigela de cereal, sobre isso. Mas por enquanto...

Ela apagou a luz. 

Martha:..é hora de dormir.

Com um último adeus, Martha saiu da sala e fechou a porta com um suspiro. Ela rezou mentalmente por seu amado filho e cantarolou uma música enquanto caminhava de volta para o quarto principal.

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Batman uma segunda chance [REESCRITO]Onde histórias criam vida. Descubra agora