56.Mr. Franco

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Boa leitura ❤️

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- Entra. - Pepe gritou.

- Pelo menos a pessoa bate na porta, não é igual à você e Edu que já chegam chegando. - Falei.

- Acho melhor a gente picar a mula. - Bela disse para Pepe ao perceber que quem entrava era Mota.

- Não, podem ficar. - Falei.

- É, podem ficar. - Mota disse. - Só vim saber se Júlia está bem.

- Estou ótima. - Falei.

- E linda, alias, muito linda para você. - Bela não podia deixar de implicar.

- Vai começar, barata esmagada? - Mota retrucou.

- Eu já falei para você parar de me chamar assim, que caralho. - Ela disse brava. - Júlia, faz alguma coisa, ou eu mesma faço. - Bela cruzou os braços.

- Ah é? E o que você vai fazer? Ninguém pode com João Pedro Mota.

- É, só os travecos. - Ela disse. Eu e Pepe nos olhamos e seguramos a risada.

- Sério, parem. - Falei.

- Eu e Bela já estamos de saída, afinal tem três pessoas aqui e isso não pode. - Pepe disse.

- Eu sei, o limite é duas, Mota vaza e eu e você ficamos aqui. - Bela sorriu.

- Vamos de uma vez, garota. - Pepe disse a puxando pelo braço.

- Mas eu quero assinar a tala da...- Logo os dois já estavam fora da sala. Mas Mota estava ali, me olhando com aquele olhar intimidador.

- Esse...Esse curativo não está mal feito? - Ele disse tocando o curativo que tinha no canto de minha boca, levemente.

- Não sei, eu não vi, ainda não tive coragem de me olhar no espelho. - Falei e Mota sentou-se na ponta da cama que eu estava.

- É horrível te ver assim.

- Relaxa, eu estou bem.

- Talvez eu não esteja falando sobre o acidente, eu estou vendo que você está recuperada, mas eu quis ressaltar a questão da tristeza que está visível em seu rosto. - Ele disse aquilo e me deu vontade de chorar.

- Bom, não tenho muito motivos para estar feliz, fui sequestrada, perdi meu namorado, sofri um acidente, comi uma sopa horrível...

- A parte de ter perdido seu namorado foi culpa minha. - Ele disse olhando em meus olhos.

- Culpa nossa. - Falei.

- O que você quis dizer com isso? - Ele arqueou as sobrancelhas.

- Sou a errada da história também, Mota...eu exagerei totalmente sobre o fato de ontem, eu pensei apenas em mim, sendo que você estava se sentindo culpado por minha causa, eu deveria ter te apoiado, mas eu apenas te julguei, eu não vi o interior dos fatos...eu não procurei ver os motivos que te levaram à fazer tudo aquilo, eu sei que você está se esforçando e tentando mudar e eu não estou cooperando nem um pouco com isso...

- Você deve ter batido a cabeça fortemente. - Ele disse e eu revirei os olhos. - Até porque, você é tão orgulhosa quanto eu.

- Mas nós já pisamos em nosso orgulho uma pá de vezes, um pelo outro.

- Você tem razão. - Ele riu. - Alguma vez você já me imaginou dizendo que ama alguém?

- Óbvio que não, principalmente à mim. - Falei. - Mas eu te entendo...é difícil resistir à alguém como eu.

Possessive / Adaptação mojuOnde histórias criam vida. Descubra agora