Desculpa. (Cap36)

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Felipe

Fiquei esperando um bom tempo para que as aulas acabassem logo para que a Lorena viesse em casa para me ajudar com a surpresa, mas ela acaba me ligando por volta das 11:27.

Ligação On:

Oi Lorena?

Felipe, pelo amor de Deus!

O que foi???

O Vítor, ele...

Ele o quê?

O estado dele piorou!

...

Felipe, ainda tá aí?

Tô sim.

Eu não posso acreditar no que eu ouvi, tudo já estava pronto e agora... Ele piora?! Por quê isso?!

Eu sinto muito!

Lorena... Eu tenho que resolver umas coisas aqui!

Ligação Off:

Assim que desliguei o celular, fui pro meu quarto. Assim que entrei, me joguei no chão e despejei todas as minhas lágrimas, chorei como nunca.

Passei mais de meia hora daquele jeito, então com poucas forças me levanto e troco de roupa para ir ao hospital ver ele.

Visto uma blusa preta, uma calça jeans azul escuro e um tênis preto. Saio de casa e pego meu carro.

Chegando no hospital, deixo meu carro e entro. Entrando vejo o pai dele, seu irmão mais velho e aquela mulher loira.

- Felipe?! - Diz Luiz Henrique.

- Como ele tá? - Perguntei preucupado.

- Seu estado piorou! Agora eu não sei o que fazer! - Disse ele com os olhos já vermelhos.

Então o abracei, e ele se acalmou, ficamos esperando alguma notícia até o médico chegar.

- Parentes de Vítor Becker? - Perguntou o médico.

- Sim, somos nós! - Disse Luiz Henrique.

- O paciente já pode receber visitas, mas somente três pessoas. - Disse o médico.

- Eu, o irmão dele e... O namorado dele! - Disse Luiz Henrique olhando pra mim.

- E... Eu? - Perguntei confuso.

- Sim, acho que ele vai gostar de te ver! - Disse ele.

- Não, eu não quero atrapalhar. - Respondo.

- Você que sabe! - Respondeu ele.

Ele e Eduardo foram ver Vítor, enquanto isso fiquei conversando com a moça loira e descobri que seu nome é Leila, ela é namorada do pai do Vítor.

- Bem, voltamos. - Disse Luiz Henrique.

- Agora temos mais uma visita, já qie só foram duas pessoas. - Disse a enfermeira.

- Quer ir agora Felipe? - Perguntou Luiz Henrique.

- Bem... Acho que sim. - Respondi meio sem jeito.

- Mas serão apenas quinze minutos, e ele está usando um aparelho para respirar. - Disse a enfermeira.

Ouvir que ele está usando um aparelho para respiração, foi uma facada no peito.

Então fui pro seu quarto, e lá estava ele, pálido, com carinha de cansado, dormindo.

- Oi Vítor. - Disse meio sem jeito. - Eu não tava esperando ver você de novo assim, desse jeito. Esperava ver você na minha casa como uma surpresa.

Logo um medo veio em mim, como se algo ruim iria acontecer, é horrivel sentir essa sensação.

- Eu não posso perder você! - Disse permitindo minhas lágrimas caírem. - Eu só queria que nós terminássemos nossa história, mas não aqui!

Logo depois pude ouvir pelo aparelho que seus batimentos já estavam ficando bem mais fracos e eu esperando o pior não acontecer.

Vítor

Eu estava em uma espécie de labirinto procurando minha saída, mas assim que viro vejo alguém que me deu um susto/alegria, era a minha mãe.

- Mãe? - Perguntei.

- Oi meu amor?! - Respondeu ela vindo até mim.

- O que tá acontecendo? - Pergunto confuso.

- Você está por um fio da sua vida! - Respondeu ela. - Olha pra trás!

Quando me virei o labirinto havia sumido, agora eu estava vendo um quarto que parecia ser de hospital, me aproximei e levei um susto, era o Felipe ajoelhado perto de uma cama em quem estava lá era eu.

- O Felipe! - Disse tentando chegar perto mas sou impedido por uma espécie de barreira invisível.

- Faz sua escolha Vítor! - Disse minha mãe. - Você não tem muito tempo.

Olhei para o lado e vi um relógio marcando as horas ao contrário, era como se o tempo estivesse acabando.

- Vítor, escolhe o que você quer, ele ou deixar ele ficar sem você? - Pergunta minha mãe.

Depois de sua pergunta uma onda de Flashbacks veio em minha mente, de todos os meus momentos com Felipe, de como ele me fez ficar "vivo".

Mas também me lembrei de todos os meus momentos com minha mãe, de como ela me amou mesmo eu não sendo filho dela.

Mas me dei conta que tudo isso, todas as minhas memórias só duraram dois segundos.

- O tempo tá acabando Vítor! - Disse minha mãe.

Cada segundo que acabava era uma nova angústia, mas quando o tempo estava prestes a acabar só disse:

- Desculpa...

CONTINUA...

Estamos na reta final de "Com Você Foi Diferente", acredito que esse será o antepenúltimo capítulo tirando o capítulo alternativo, e avisar que depois que terminar esse livro no dia seguinte já lançarei um novo.

Obs: Desculpa pelo capítulo curto, é que estava sem idéias.

Com Você Foi Diferente (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora