Tão estranho carregar uma vida inteira no corpo e ninguém suspeitar dos traumas, das quedas, dos medos, dos choros.
Caio Fernando Abreu
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AUTORA P.O.V.S
O garoto aproveitou que estava sozinho na casa para tomar um banho, tentar relaxar seria bom, tentar esquecer as lembranças que vinham em sua mente, encheu a banheira e entrou ficando quase submerso no meio da espuma com cheiro de cereja do sabonete liquido, e novamente começou recordar coisas ruins do passado, as memórias foram passando em sua mente como um filme....
Se lembrou de como era tão pequeno quando sua mãe morreu , ele sequer entendia o por que não ver mais a mãe, cada um enfrentou a dor de um jeito, seu pai vivia arrumando namoradas novas, enquanto o filho não entendia nada, mas o garoto ainda lembra de quando ele se juntou com a Léia, tudo mudou quando seu pai trouxe ela para morar com eles, e ela trouxe pra morar com eles seus dois filhos adolescentes, seu pai e ela saiam pra trabalhar e ficavam o dia todo fora, e foi aí que tudo começou a mudar, no começo eram só olhares, depois começaram as mãos bobas e as indiretas, jimin era tão pequeno, seus olhos não viam a maldade no "carinho" dos seus "irmãos", até que naquele dia tudo mudou, sua cabeça dói ainda dói quando lembra do som do telefone, era seu pai ligando, para avisar que ele e Léia estariam fora da cidade por uma semana e que ele teria que ficar com os meninos...
Jimin respiro fundo segurando na borda da banheira, sentindo os olhos arderem e lágrimas descerem pelo meu rosto e o peito doer avisando que não estava bem......
Quando fechou os olhos novamente, estava lá brincando com meus ursos no seu quarto, quando do nada eles entraram e trancaram a porta, lembrou de como ficou assustado, lembrou de como pediu para que eles saíssem, mais eles deram risada do seu desespero...
O garoto grunhiu mantendo os olhos fechados, ainda conseguia sentir a dor de ser violado com tamanha brutalidade do quanto doeu apanhar...
Se lembra de lhe usuram como objeto para os desejos sujos deles durante aquela semana, ainda consegue lembrar da maldita sensação da mãos deles em seu corpo, ainda consegue lembrar de cada palavra dita, ainda conseguer lembrar de quando seu pai chegou de viagem e foi direto ao seu quarto para lhe ver...mas não conseguiu abraçar o pai, sequer conseguia andar pela dor, e quando seu pai questionou a eles, disseram que tinha caído no parquinho para seu pai, mas o homem era esperto não acreditou foi correndo dar banho no filho para levá-lo ao medico mas quando ele tirou a roupa do mesmo e o viu começar a tremer e chorar ele avalio cada hematoma no corpo da criança...
O garoto suspirou pois lembrou de como foi bom sentir o abraço do pai naquele dia, respirou fundo afundando dentro da banheira...
Lá estava seu pai o colocando na banheira, e pedindo para que esperasse um minuto que ele já voltava, os sons dos gritos fortes vindos da sala naquele dia, seu pai pai lhe defendeu com unhas e dentes, e quando ele retornou ao quarto para cuidar do filho se ajoelhou do lado da banheira e chorou por longos minutos, ele lhe pediu desculpas, mas o garoto nunca entendeu o por que, afinal não foi ele que o machucou, lembra que naquela noite seu pai o colocou pra dormir no quarto dele, e foi naquela noite que os pesadelos começaram...
Jimin voltou a superfície respirando fundo, seu corpo tremia, indícios claros de uma crise, segurou firme na borda da banheira e fechou os olhos novamente....
E lá estava ele novamente, seu pai estava longe de si na cama, lembra que os filhos da Léia sempre dormiam no seu quarto depois de fazer o que queriam consigo e por essa razão repeliu o abraço de seu pai naquela noite, o abraço quentinho que sempre lhe protegia do mundo, lhe causou medo, ainda se lembra do olhar triste dele quando o afastou, mas lembra como ele cuidou de si naquele mês, se afastou do serviço pra cuida de si como nunca antes, se eu pai denunciou eles naquela época o que acarretou em uma criança tendo que depor e todos da cidade ficaram sabendo, eles alegaram que o menino os seduzia, que ele implorei por eles como uma puta sedenta, mas no final eles foram condenados a 40 anos de prisão, após isso se mudaram de cidade, nova vida foi o que seu pai disse, lembra que teve que ir a psicólogos renomados, e todos diziam que eu iria esquecer dos acontecimentos, por ser criança, mas todos erraram, cada vez mais o garoto lembrava, conforme crescia os pesadelos só aumentavam, e junto a repulsa por si mesmo, a repulsa por homens, mas para todos isso é normal do trauma por qual passou, mas ainda sim isso machuca muito é algo que não consigo controlar.....
O garoto só se deu conta que deixou a mente viajar no meu passado por muito tempo, quando senti duas mãos fortes o segurar, e lhe abraçar, possivelmente estava gritando e não se deu conta, se sentia sujo pelo passado, Jeon ele estava ali, ele o tirou da banheira e o enrolou em uma toalha, o garoto sequer tinha forças pra contradizer, sua garganta tomada pela angustia, naquele momento o garoto estava um emaranhado de lagrimas e Jeon estava cuidando de si, como seu pai cuidou daquele menininho assustado no passado, Jeon o vestiu, o agasalhou em baixo das cobertas e se deitou ao seu lado lhe abraçando forte, se ele soubesse como isso tudo pode levar ele para um buraco de emoções ruins ele se afastaria e iria pra bem longe, mas nesse momento o garoto não tinha coragem de pedir que ele saia, por que diferente daquele garotinho assustado, o ele de agora queria Jeon cuidando de si, mesmo que ele nem saiba da imensidão da ferida que tem aberta no peito do garoto, uma ferida que começou pequena como ele era naquela época, o garoto cansado se deixoi levar pelos afagos em seu cabelo e fechou os olhos.....
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LASCIVE PASSION {Jikook}
Fanfiction[ EM ANDAMENTO] Jeon Jungkook, um famoso empresário que leva uma vida dupla, está procurando um parceiro para realizar seus desejos sem compromisso. Inesperadamente, o destino colocou um menino em sua vida, Park Jimin cujo passado lhe trouxe inúmero...