Nas salas

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Sanji e Zoro, em meio à distribuição de áreas que fariam alguma pegadinha, ficaram encarregados das salas de aula, o que valia desde as dos primeiros às dos últimos anos.

A dupla diversificou as brincadeiras que preparam em cada sala: roubaram as chaves de algumas, incluindo as cópias e as esconderam – para ver o desespero do diretor ao não encontrá-las – dentro de caixas de pilotos ou aparadores reservas no almoxarifado, usaram alguns animais mortos, como insetos, cobras e sapos, que trouxeram em frascos com formol para pôr em baixo das carteiras e mesas dos professores para alguns sustos; colocaram algumas pequenas bolinhas contendo pó colorido de maneira quase imperceptível nos acentos para um "peido" de tinta, que sujaria os azarados que sentasse sobre elas; encheram demais alguns pilotos que consequentemente vazariam; e sujaram alguns aparadores com as tintas dos pilotos.

Ambos ficaram com o mais trabalhoso devido à estarem discutindo e perderem a escolha das tarefas mais fáceis, como Luffy havia feito mais rápido que os demais. Ainda assim eles conseguiram realizar ou bom trabalho feito num curto período – mesmo com o esverdeado se perdendo no caminho a todo momento –, terminando antes do tempo de encontrarem os amigos, isso porque eram rápidos e não se distraíram com suas questões pessoais como os outros.

No entanto isso não ocorreu porque eram focados ou coisa parecida, na verdade eram muito longe disso, mas Sanji estava com raiva de Zoro após a discussão e não lhe dirigiu a palavra em momento algum, e o esverdeado – em sua concepção – não podia fazer nada a respeito, era culpa sua de toda forma, mas não pretendia mudar de ideia, então apenas manteve-se calado durante a tarefa.

Só que um fato bastante inusitado daqueles dois era que, mesmo sendo namorados, viviam em pé de guerra ao ponto de se tornar um vício estarem em uma constante troca de insultos e pontapés, assim, Zoro não aguentava mais nem um segundo sem que outro estivesse ralhando consigo, e agora que estavam livres poderia provocá-lo à vontade.

– Quando vai parar de drama, sobrancelha de espiral? - Perguntou com um sorriso de canto, já prevendo que ele se voltaria irritado para si.

– Drama!? Você me enganou, seu animal! Disse que se eu usasse aquelas... Coisas... Faríamos o que eu pedisse. - Sanji se virou irritado para o mais velho com o rosto vermelho que apenas se intensificou com o sorriso malicioso do outro. – Você é um maldito, Marimo!

Sanji se virou para sair de perto do maior, mas Zoro não permitiu que ele se afastasse e logo o alcançou, abraçando-o por trás. O menor parou ainda irritado sem olhar para trás até que o namorado parasse com as risadas.

O que havia acontecido entre eles foi que Zoro havia proposto ao namorado que usasse uma roupa um tanto comprometedora para que se divertissem. Obviamemte Sanji recusou constrangido, porém o outro o convenceu dizendo que faria algo que ele pedisse também, todavia o pedido do loiro foi um pouco demais para o mais velho que o recusou no mesmo instante.

– Eu não te enganei, eu te disse que faria o que você me pedisse e eu te dei o que queria. - Apontou divertido com um sorriso de canto, era uma das suas maiores diversões provocar o namorado e ver as expressões adoráveis que ele fazia, tanto irritado quanto envergonhado. – Eu não tenho culpa se você pediu pra eu te fud-

– Cala a boca, Marimo! - O rosto de Sanji quase explodiu de vergonha ao lembrar de suas palavras nada decentes, mas sua a irritação era ainda mais presente. – Eu sei o que falei, mas você não me disse que era naquela hora, idiota. Aquele não era meu pedido e você sabe bem disso! - Mesmo que estivesse majoritariamente com raiva havia um leve ressentimento em sua fala. – E eu não deveria precisar de uma brincadeira para que você fizesse isso!

– Já conversamos sobre isso, sobrancelha enrolada. - Foi rápido em cortá-lo, tentando se desviar do assunto.

Eles também viviam discordando um do outro, sempre discutindo, mas o tópico da atual discussão em questão era: Sanji queria ser o ativo e Zoro sequer cogitava em ceder àquele – em sua concepção – absurdo. Para tal, Sanji usou da proposta do esverdeado para conseguir fazê-lo aceitar, no entanto o bendito resolveu usar, num momento bastante inoportuno, seus únicos neurônios remanescentes para diblar o outro que agora estava puto com ele por ainda estar resoluto em aceitar seu pedido.

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