✥ CAPITOLO SETTE ✥

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Boa leitura!

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A cidade de Seoul vista daquela perspectiva parecia com uma galáxia cuja principal matéria é o concreto, seja ele nas calçadas ou nos grandes arranha-céus centrais. As luzes se assemelhavam com estrelas, brilhantes e capazes de capturar com avidez quaisquer os olhos que fossem colocados sobre elas. Ou melhor, os olhos impressionados de um ômega que, mesmo que segurasse fortemente a mão de um lúpus por ter medo de altura, não conseguia evitar aproximar seu rostinho da janela do helicóptero.

Réplicas similares a pontos estelares também pareciam presentes em outro lugar, um tanto menor, mas ainda sim, escuro como uma parte do universo. Intensos e profundos, assim eram os lumes de Jungkook, porém, momentaneamente, mostravam-se exclusivamente brilhantes. Se para Jimin a cidade era linda, para o Jeon, Jimin a vendo com aquela expressão única e eufórica era mil mais arrebatador.

Quando, involuntariamente, seu polegar acariciou a palma pequena agarrada a sua própria, demonstrando uma ação de afeto que antes jamais demonstraria, sua mente parou. Estava mesmo indo para um lugar que não gostava, com roupas que não gostava, tendo de ver pessoas que não gostava e responder a perguntas que não gostava, tudo isso apenas para estar ao lado de alguém que...gostava?

Aquela linha de raciocínio parecia tão equivoca porque, quem tivesse o mínimo de discernimento possível, logo estranharia toda aquela situação. Como havia conhecido aquele ser pequeno - que mais se parecia com uma fantasiosa personificação de todas as coisas boas e doces do mundo - dias atrás, e agora já estava a levá-lo a um jantar, cuidando para que ele tivesse as melhores regalias e acessasse somente os melhores sentimentos? Estava louco, alucinado, encantado e, como se não mais conhecesse a si mesmo, talvez, precocemente...apaixonado.

Sua cabeça começou a doer com aquela informação, sinalizando um enxaqueca oriunda do seu próprio cérebro não querer aceitar aquela informação, negar de todas as formas a mínima faísca de sentimento. Em contrapartida, seu lobo uivava frenético, apetecido com a ideia. Odiava quando confusões assim aconteciam, se preferia apático, centrado, não um alfa que questionava seus sentimentos e ficava os analisando como um adolescente abobado.

- Alfa... - A vozinha baixa lhe chamando lhe fez perceber que hiperventilava, bufando com uma expressão confusa. - Está apertando a minha mão... - O loirinho declarou, tendo os lumes do lúpus indo diretamente para onde seus toques se uniam, vendo que de fato quase expremia a mãozinha entre seus dedos.

Sem responder nada, somente largou rapidamente a semelhante pequena, arrependido por não ter percebido que estava machucando o outro. Era por isso que não gostava de não estar com tudo sob seu controle. Entretanto, tirando o moreno de tal desassossego, o loirinho colocou a palma sobre a sua novamente, sorrindo, querendo passar tranquilidade para o que parecia tenso. Sem nem perceber, o Jeon sorriu de volta.

- Senhores, iremos pousar em trinta segundos. - O piloto declarou por já estarem acima do heliponto do novo prédio de trinta andares.

Com tal frase, o ômega sentiu um frio em sua barriga, encolhendo-se um pouco, mas nem mesmo deu tempo do medo se alastrar, já que dois braços fortes lhe envolveram e um selar terno foi depositado ao topo de sua cabeça. Deu um risinho, se aninhando, gostando de ser mimado.

No tempo preciso declarado pelo ômega que pilotava, o helicóptero prateado com a logo de uma das empresas usadas pela família Jeon para lavagem de dinheiro, estacionou. Ao que porta foi aberta por um segurança que já os esperava, o mais velho desceu primeiramente, esperando pelo Park que, por estar um tanto inseguro, estendeu a mão pedindo ajuda, esta que veio na forma de um segurar forte em sua cintura, lhe erguendo e o colocando no chão.

ANGELO NERO [ pjm + jjk ]Onde histórias criam vida. Descubra agora