CAPÍTULO 23

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Narradora:

Hinata seguiu até seu quarto. Arrumou o pouco das coisas que tinha em apenas uma mala.

Após 45 minutos a menina estava pronta. Pronta para uma nova vida.

Hinata Hyuga:

Nem acreditei ao vê-lo ao lado de outra. Sim, eu sabia que ele havia me traído porém meu coração dizia que havia algo de errado nisso... Mas... aquela foto, aquela notícia, foi a confirmação de que a errada era eu.

Me odeio por acreditar naqueles malditos olhos azuis. Aquele céu prometeu-me amor eterno, e tudo que ganhei foi um belo e enorme par de chifres.

Eu me sinto totalmente usada. Meu coração é tão idiota que desejou que ele lutasse por mim quando fui embora, mas cá estou eu... Enquanto esperava secretamente uma prova de amor, ele se entregava a outra.

Caminhei até a sala, com apenas uma mala. Encontrei todos no salão principal.

Estavam lá, Neji, Hanabi e papai. Ambos me olhavam com pena e isso foi o que mais me incomodou.

Como fui capaz de descer tão baixo por um homem como ele? — pensei.

— Não me olhem desse forma. Sim, passei por coisas ruins mas isso não me faz diferente de ninguém. Todos sofrem. — disse ríspida. — Não sou digna de pena! De vocês eu desejo apenas compreensão. Entenderam?

— Oh, onee-chan... me perdoe... eu não queria que você fosse... eu... — disse Hanabi chorosa. — Amo você. Espero que encontre o caminho pra felicidade. — Nos abraçamos. E sorri para ela.

— Minha menina... — disse papai. — Não esqueça de manter contato. Estarei aqui para quando voltar. Sentirei saudades.

— Pode deixar papai. Sentirei sua falta também. — O abracei também.

— Hinata. — disse Neji. — volte o quanto antes, sim?

— Assim que possível voltarei pra vocês. — respondi animada. Abracei brevemente meu primo.

E assim, peguei minha mala novamente, e sai pela porta. Um carro já me esperava. Acenei e entrei.

Narradora:

Para Naruto o dia estava sendo extremamente ruim. A notícia foi publicada nos quatro cantos do mundo, e agora, além de fingir para sua futura esposa, terá que bancar o moleque apaixonado para o mundo todo.

— Por que tenho que fazer isso mesmo? — ele se perguntou.

Bom, mesmo que ele tenha pensado em um plano melhor, ainda precisa dar continuidade a isso para evitar qualquer desconfiança.

Na noite em que pediu Shion em casamento, o Uzumaki fingiu dormir até que a mulher ao seu lado adormeceu. Assim que a viu em profundo sono naquela noite correu pro banheiro e vomitou.

Sentira nojo dela. Nojo de si. Nojo de toca-la. Nojo de ser tocado por ela. Sentiu nojo por se prestar a esse papel, sentia-se tudo, menos homem.

Vomitava. Chorava. Pensava como iria conseguir viver assim. Sem Hinata.

Lembrou-se das noites em que se amavam. Do toque suave dela. E que sempre diziam "eu te amo" durante o ato.

Devida tal lembrança, rasgou a cueca que usava, entrou debaixo do chuveiro, pegou a bucha e praticamente esfolou-se.

Tudo como uma falha tentativa de tirar qualquer vestígio da mulher que o desgraçou. Esfregava com violência seus braços, pernas, peito. A raiva estava presente e o assolava demais.

Por nósOnde histórias criam vida. Descubra agora