Capítulo 3 - Eu durmo aonde eu quiser.

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-Caidy!! -Minha mãe disse se virando olhando fixamente pra mim, logo o carro estacionado.

Bem que eu sabia! Minha mãe só queria dinheiro.

-Eu não imaginava que a casa seria desse tamanho.. olha isso -disse olhando para a piscina. Todos saem do carro, o Otávio vai em direção ao porta-malas abrindo. Retira as minhas coisas e colaca no chão.

-Aonde você morava deveria ser horrível. -Alexys faz um comentário desnecessário, quem esse garoto pensa que é?!

-Você nunca esteve lá, então não fale oque não sabe! -Digo curta e grossa, ele conseguiu me tirar do sério!
Alexys dá uma risada debochada e pega minhas malas do chão levando para dentro.

-Filha -Minha mãe me chama, me viro para olha-la. -Eu e o Otávio vamos fazer as compras de casa, o Alexys vai ficar com você, para não fazer besteira. -Riu com um pouco de irônia.

Minha mãe pensa que tenho 10 anos, eu sei fazer as minhas coisas. Mal cheguei e já estou me estressando!

-Isso foi uma piada? Porque me fez rir. -Minha mãe me olha torto. - Eu sei me cuidar, não preciso de babá nenhuma. -Completo.

-Caidy, você tem 16 anos. -Inclino minha mão sinal de 'idai?"- Ele é mais velho, tem mais sabedoria que você.

-Pelo oque eu vi a maturidade dele não chega aos pés da minha, ele parece uma criança de dois anos! -Continuo implicando com isso, eu não desisto mesmo. Minha mãe eu

-Caidy, estou indo. Te vejo de noite, okay? -Ela se aproxima, eu reviro os olhos.

-Ta, tanto faz. - Cruzo os braços.

-Eu não vou demorar, relaxa. -Ela se aproxima mais e deposita um beijo em minha testa, logo depois se vira entrando no carro aonde o Otávio já estava. Otávio desce o vidro

-MOSTRE A CASA PARA ELA ALEXYS! -Ele grita e logo depois o carro sai.

É incrível como minha mãe pode ser tão podre com as pessoas, meu pai a amava e ela a deixou... Por isso! Por dinheiro...

Naquele momento as lembranças com o meu pai me davam arrepios e sorrisos involuntários, cada momento com ele foi único, e eu sento todo o amor que ele sente por mim ali mesmo, eu estava tão grata por ele não ter me deixado como muitas pessoas fazem.

Alexys sai da casa e caminha até o meu lado, ele apenas fica parado olhando para a vista.

-É sempre assim? -Alexys me olha como se não entendesse. -Eles vivem saindo?

-Sim, sempre. -Ele suspira. -Qual a desculpa dessa vez? Passou mal ou o famoso "vou as compras"?

-Ela me disse que ia as compras. -Ele riu

-Vem, vamos entrar. -Ele fala se virando. -Melhor nem esperar eles, não voltam hoje.

Quando entrei no quarto vi ele todo rosa, ele era lindos mais não estava do meu jeito.

-tem certeza que esse é meu quarto? -Pergunto o olhando com indignação

-sim, porque? Não gostou? -Pergunta o mesmo.

-Quer mesmo saber? -Pergunto erguendo as sobrancelha. -Não, não gostei.

-Sua mãe disse que você "amava" -Ele fez aspas com as mãos. -rosa.

-Minha mãe não vive comigo, ela pensou muito errado. -Falo rindo irônica. -Eu não durmo aqui nem a pau.

-Ue, então dorme na sala. -Disse ele.

-Que? -Riu baixo e com deboche -Minha mãe me trouxe pra cá. Você vai vê aonde eu vou dormir.

-Tenta a sorte, o quarto deles é fechado. -Disse ele se virando. -Vou pro meu. Falou! -Disse ele saindo do quarto.

Pego as minhas coisas e coloco em cima da cama, sento na mesma e observo cada espaço daquele lugar. Era bonito, mais era muito criança para mim. Havia alguns adesivos de flores pela parede.
A hora havia passado e olho pela janela, já estava escuro. Abro a minha mala e pego meu pijama. Um conjunto de blusa solta do Mickey com um short curto confortável.
Sai do meu quarto e fui ao quarto do Alexy, abri o mesmo e olhei para ele. Ele estava atento no celular. Mais logo ele me vê.

-Oque você ta fazendo aqui? -Ele disse guardando o celular.

-Você perguntou aonde eu vou durmi, ue. -Falei me aproximando.

-Nem pensa que vou dormi na sala. Eu vou dormi aqui, você pode dormi no aí no chão. -Ele disse apontando para o chão.

-Seja uma pessoa boa e me deixe dormir aí. -Falei fazendo biquinho

- Não. -Disse ele bufando.

Me sento na cama e logo me deito. Mesmo sem sua permissão

-Obrigada.

-Cara, eu vou te empurrar com tanta força daqui. -Disse ele com raiva.

-Tenta a sorte maninho. -Falo deixando uma risada debochada sair.

A hora foi passando e logo pegava-mos no sono...

Garota Estranha {Em Revisão/Não Concluído}Onde histórias criam vida. Descubra agora