🌅 -Epílogo- 🌄

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[duas semanas depois...]

— Espera! Eu já vou. — Grito da janela para o loiro, que buzinava pela 18ª vez. Me perdoem, vizinhos...

Katsuki havia me chamado para sair novamente, já que na primeira vez, ele achou melhor desmarcar pelos curativos ainda serem necessários e esperar eu me recuperar mais.

— Sim, eu não sei onde ele vai me levar, mas com certeza não é em lanchonete de esquina de bairro. — Digo para Ashido no telefone, olhando o estilo do carro dele.

— Pega o número de algum amigo ou amiga dele pra mim, vai que cola. — Ela ri.

Eu tento. — Respondo sorrindo. — Vou indo, eu estou com medo dos vizinhos chamarem a polícia pelo barulho que ele está fazendo lá fora...

Me despedi da garota e termino de tentar pentear meu cabelo. Mas será que com gel fica melhor? Acho que não para sair pela primeira vez, ou será que fica bom? Não que seja algo romântico, ele mesmo disse que estava disposto a me ajudar já que percebeu meu estado. E eu também quero ajudá-lo, ele passou por tanta coisa.

— PORRA, TÁ VINDO DE JEGUE? — Ouço ele gritar lá de fora.

Já notei mais uma característica sua: ele não se importa se vai te fazer passar vergonha ou se vocês não tem intimidade.
Pego a carteira em cima da mesa e desço as escadas correndo e verificando se estava tudo em ordem na carteira.

Bom, estava em ordem até demais...
Atrás do meu RG, encontrei uma foto minha e de Kaminari que combinamos de guardar na carteira um do outro, já que era algo importante e a foto seria um "objeto seguro". Ou pelo menos eu deixava a foto ali, nunca mexi na dele para saber.

Respiro fundo sem saber o que fazer com aquilo, então só ignoro e posso dar um jeito nisso depois.
Fora os porta-retratos nossos que estavam em meu quarto, seria um sufoco rasgar todas sabendo o contexto de cada foto tirada.

Finalmente abro o portão e saio, sendo congelado pelo olhar frio e bravo do loiro.
Entro no carro sorrindo prestes a dar um "oi", até ele me interromper.

— 19h00, Eijiro. Eu disse 19h00. Você ficou 27 minutos, quase 30, sabendo que eu... Ah, esquece vai. — Ele respira fundo e me olha. — Tudo bem?

— Sim... E você? — Pergunto assustado pela mudança de humor tão rápida dele.

Tô indo. Não sentiu mais incômodo nas bochechas que nem antes de ontem?

— Já está bem melhor depois de passar a pomada que você me recomendou.

Ele assentiu e deu partida no carro. Olhando melhor agora, eu deveria ter colocado uma roupa melhor, ele está usando algo ótimo para qualquer ocasião... E eu, me esforcei para não vir com minha nova crocs preta.

— Onde vamos?

— Tem alguma sugestão ou posso escolher?

— Depende, não quero ir em lugares muito lotados.

— Não se preocupe, não vai ser nenhum estádio de futebol em dia de jogo.

O caminho até esse restaurante foi silencioso, ou pelo menos entr nós. Minha mente travou nessa maldita foto, eu pensei em jogar pela janela do carro, mas já vi casos de usarem a foto de uma pessoa como identidade própria e tenho certeza que isso é bem ruim.

— É ali, pode descer aqui que eu vou estacionar lá atrás.

[...]

Então... O que eu faço com isso?

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𝐌𝐫𝐬. 𝐏𝐨𝐭𝐚𝐭𝐨 𝐇𝐞𝐚𝐝 💉 | ᵏᶤʳᶤᵇᵃᵏᵘOnde histórias criam vida. Descubra agora